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Eleições 2014

Dilma quer chefe da Fazenda ligado a empresários

Presidente avalia que, se for reeleita, precisará reatar pontes com setor privado para destravar investimentos, segundo assessores

Entre os citados como possíveis ministros estão Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Abílio Diniz, da BRF

VALDO CRUZ NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Diante da certeza de uma reação negativa do mercado à sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff avalia que será inevitável, se conseguir o segundo mandato, buscar uma convivência mais próxima e amigável com o setor privado para reconquistar sua confiança e destravar os investimentos produtivos.

Dentro desta estratégia, interlocutores da presidente dizem que o perfil do futuro ministro da Fazenda será de alguém com "excelente relação" e "livre trânsito" com o empresariado, capaz de reconstruir "pontes" para desenvolver um trabalho conjunto para retomar a trajetória de crescimento do país.

Na campanha e entre conselheiros presidenciais, a avaliação é que o ideal substituto de Guido Mantega, economista do PT, é um empresário ou um executivo com inserção no mundo privado. Alguns nomes são citados, mas com a ressalva de que a presidente Dilma só tomará uma decisão após as eleições.

Na relação, estão nomes como Josué Gomes da Silva, da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar, Abílio Diniz, da BR Foods, e Fábio Barbosa, com passagem por bancos e hoje no comando do Grupo Abril.

Lá atrás, Josué Gomes era visto como opção fácil para a pasta do Desenvolvimento, mas as dificuldades de convivência no meio empresarial deslocaram as apostas para tê-lo na Fazenda.

Um conselheiro presidencial diz que o futuro ministro não precisa ser um economista nem será um nome para tentar uma reconciliação com o mercado financeiro, dada a postura que este assumiu contra o governo Dilma durante a campanha eleitoral.

Nos últimos dias, a Bolsa de Valores caiu e o dólar subiu diante de pesquisas mostrando o favoritismo da petista na eleição presidencial. Nesta quarta-feira (01), o mercado de ações recuou mais de 2% e o dólar fechou em alta de 1,5%, valendo R$ 2,485.

Segundo um interlocutor presidencial, o importante será escolher um nome que tenha boa interlocução com o mundo real da economia e que também sinalize o fim da era intervencionista, marca da primeira gestão de Dilma.

Dilmistas, no entanto, preveem dificuldades em convencer empresários renomados a aceitarem convite para integrar a cúpula do governo. Nesse caso, afirmam assessores, a solução pode ser caseira, como o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Pela função que ocupa, decidindo empréstimos para o setor privado, Coutinho se aproximou do empresariado.

Para o ex-presidente Lula, que apitou pouco na política econômica de sua sucessora, a melhor alternativa continua sendo Henrique Meireles, ex-chefe do Banco Central.


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