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Eleições 2014

Assessor de Crivella foi seu rival em 2008

Marqueteiro trabalhava para Gabeira na eleição municipal daquele ano

Crivella está em empate técnico com o deputado Anthony Garotinho (PR), no segundo lugar, atrás de Pezão

ITALO NOGUEIRA DO RIO

Seis anos depois de tirar Marcelo Crivella (PRB) da disputa para a Prefeitura do Rio, ao ajudar a levar Fernando Gabeira (PV) ao segundo turno naquele ano, o marqueteiro Lula Vieira agora trabalha para tentar eleger o candidato do PRB ao governo do Estado.

Responsável pelo programa de TV de Gabeira na disputa em 2008, em que o candidato verde obteve a vaga no segundo turno superando Crivella na última semana de campanha, Vieira agora diz que o candidato do PRB é o mais capaz para derrotar o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) num eventual segundo turno.

Crivella está em empate técnico com o deputado Anthony Garotinho (PR), no segundo lugar. Diferente de Gabeira, que começou a subir duas semanas antes da eleição municipal, o senador do PRB está estagnado desde o início da campanha, e se beneficiou da queda de Garotinho.

A pesquisa Datafolha indica que o peemedebista venceria um segundo turno com 54% dos votos válidos, contra 46% de Crivella. A diferença de dez pontos percentuais é menor do que na simulação entre o governador e Garotinho (64% a 36%, respectivamente).

"Votar no Garotinho é votar no Pezão. Quem for no segundo turno contra o Garotinho, ganha. [Votar] No Lindbergh [Farias, PT] e no Tarcísio [Motta, Psol], na atual situação, também é a mesma coisa", disse o marqueteiro.

Crivella afirmou que pretende apostar sua campanha na zona sul da capital, área em que Garotinho é mais rejeitado. Vieira diz que o alvo não são os eleitores do ex-governador, mas dos adversários com menor chance de batê-lo, como Lindbergh Farias (PT) e Tarcísio Motta (Psol), que têm 13% e 6% das intenções de voto, respectivamente.

O marqueteiro diz que a "onda Crivella" é possível porque houve uma drástica redução da rejeição do candidato, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, e sobrinho do líder máximo da instituição, Edir Macedo.

Em 2008, 38% dos eleitores afirmavam, na última semana de campanha, que não votariam no senador. Nesta campanha este índice é de 15% no Estado, e 18% na capital.

"É um voto útil não utilitário. É um voto sem nojo. Ninguém vai tapar o nariz e votar no Crivella. Ele conseguiu convencer as pessoas que dá para votar nele sem horror", afirmou Lula Vieira.

Lula vê diferenças entre o eventual crescimento de Crivella e a "onda Gabeira" de 2008. "A Onda Gabeira foi puramente carioca, poética, de adesão afetiva a um romântico que queria trazer para o Rio uma esperança. Crivella é mais racional".


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