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Em BH, Dilma diz não temer 2º turno

Aécio Neves, que também esteve em Minas, afirmou que presidente está 'assustada' e não se preparou para enfrentar o PSDB

Marina disse que, se não tivesse apresentado programa de governo, sua candidatura teria sido 'reduzida a pó'

DE BELO HORIZONTE DE SÃO PAULO DA ENVIADA ESPECIAL A PORTO ALEGRE DA ENVIADA ESPECIAL A RIO BRANCO

No último dia antes da eleição, a presidente Dilma Rousseff fez campanha em Minas, reduto de Aécio Neves (PSDB), disse não ter receio do segundo turno e criticou indiretamente o tucano -numericamente à frente de Marina Silva (PSB) na pesquisa Datafolha divulgada neste sábado.

"Não temo o segundo turno, não. [...] Se o eleitor decidir que terá segundo turno, eu terei imensa alegria desse processo participativo", afirmou.

Dilma trocou uma caminhada que faria com Lula em São Bernardo do Campo para ir a Belo Horizonte. Segundo assessores, a escolha se deu após pesquisas internas indicarem o crescimento de Aécio nesta reta final da disputa.

Mirando as gestões do PSDB entre 1995 e 2002, Dilma disse que os tucanos não tiraram os programas sociais do papel. Devido a esse retrospecto, afirma, não inspira confiança a promessa dos adversários de que irão ampliar programas como o Bolsa Família.

À tarde, a presidente encerrou a campanha em Porto Alegre -ela nasceu em Minas, mas fez carreira política no Rio Grande do Sul. Em caminhada, distribuiu abraços e mandou beijos, mas foi vaiada ao passar diante de alguns bares.

Também neste sábado, Aécio fez carreatas na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele tem concentrado os eventos da reta final de campanha em Minas, já que há risco de seu candidato no Estado, o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), perder a eleição no primeiro turno para Fernando Pimentel (PT).

Segundo Aécio, Dilma "provavelmente está assustada". "Acho que ela não se preparou para nos enfrentar. Vamos para o segundo turno e ganhar a eleição", disse.

Aécio falou ainda sobre o eleitor que o deixou de mãos abanando na sexta (2), durante visita a favela na capital mineira. Da varanda de casa, o músico Fábio Martins negou -se a cumprimentá-lo. "Eu respeito. Continuarei fazendo como sempre fiz, mesmo discordando, sendo bem educado."

O tucano evitou criticar Marina "Tenho enorme respeito [por ela], que disputa com dignidade a oportunidade também de presidir o Brasil, da mesma forma que eu. Não há diferença entre nós".

REGISTRO DO CORAÇÃO

Já Marina participou de um evento esvaziado na zona leste de São Paulo. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) assumiu o comando de uma carreata seguida por dez outros veículos, seis deles da imprensa. No final, cerca de 20 carros formavam o cortejo.

Após percorrer poucos metros em volta da praça do Forró, Marina parou para uma entrevista. Estava preocupada com abelhas que sobrevoavam uma árvore próxima. "O que é aquilo, Nilson? É abelha? Eu sou superalérgica, vai precisar ser rápido", afirmou, se dirigindo a Nilson Oliveira, seu assessor de imprensa.

Questionada se a apresentação de seu programa de governo foi um erro, respondeu: "Se não tivéssemos programa, teríamos sido reduzidos a pó". Depois da divulgação do documento, Marina recuou em algumas das propostas.

À noite, a candidata foi para Rio Branco, capital de seu Estado natal, o Acre. Nas últimas declarações antes de votar, disse estar confiante em ir ao segundo turno e não se arrepender de ter demorado a responder a ataques de rivais.

"As pesquisas verdadeiras serão feitas amanhã. Os esforços que foram feitos para fotografar o momento, amanhã terá o registro do coração."

"O Brasil há de reconhecer o esforço de quem fez um programa, de quem não baixou o nível, de quem não se determinou a ganhar a qualquer preço. Porque não é uma luta do poder pelo poder, é uma luta para melhorar a vida de cada brasileiro, de cada brasileira", acrescentou a candidata.

A candidata votará pela manhã no Acre e em seguida viajará a São Paulo, de onde acompanhará a apuração.


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