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Dilma tem o pior desempenho de um líder nos últimos 20 anos

Candidata à reeleição tem o menor percentual de um primeiro colocado no Datafolha desde 1994

Simulação de 2º turno é semelhante à eleição de 2006, quando Lula venceu o tucano Geraldo Alckmin

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff (PT) chega à reta final da campanha como favorita, mas sua taxa de intenção de votos é a menor que um líder registrou na véspera da disputa desde 1994 -quando as eleições presidenciais passaram a ser realizadas em conjunto com as de governadores e para o Poder Legislativo.

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (4), Dilma lidera com 44% de votos válidos, contra 26% de Aécio Neves (PSDB) e 24% de Marina Silva (PSB).

A pontuação mais baixa até hoje de um líder nesta mesma época da campanha foi de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, quando registrou 48% no Datafolha.

Nas simulações de segundo turno, Dilma obteve 53% dos votos válidos no Datafolha, contra 47% de Aécio. Nesse caso, não está só. Em 2006 nesta época, Lula e Geraldo Alckmin (PSDB) repetiam esses percentuais (53% a 47%) nas projeções para a segunda fase da eleição.

Mas Lula reverteu o cenário em 2006. Atingiu seu melhor resultado eleitoral, reelegendo-se com 60,8% dos votos válidos. Derrotou o tucano, que acabou recebendo no segundo turno menos votos nas urnas do que havia conseguido no primeiro.

Na comparação com 2010, quando se elegeu presidente, Dilma também está em situação menos confortável hoje. Ela terminou o primeiro turno há quatro anos com 50% dos votos válidos no Datafolha. Nas simulações de segundo turno, marcava 57% contra 43% de José Serra (PSDB) -uma diferença de 14 pontos percentuais, mais do que dobro dos seis pontos entre ela e Aécio hoje.

A favor de Dilma há um fato histórico: nunca houve em eleições presidenciais uma inversão de posição entre candidatos do primeiro para o segundo turno. Quem passa à fase final na liderança acaba vencendo o embate.

A coloração ideológica dos candidatos que ficam em terceiro e quarto lugares também tem influência direta no segundo turno. Nas últimas três disputas, vencidas pelo PT, os políticos que ficaram de fora comandavam um eleitorado mais propenso a votar no finalista petista.

Foi assim em 2002, com Anthony Garotinho, que apoiou formalmente Lula, além de Ciro Gomes, o quarto colocado que também lulou. Em 2006, os eleitorados de Heloísa Helena e de Cristovam Buarque também penderam para o PT. Em 2010, os marinistas ajudaram a eleger Dilma ao Planalto.

Não está claro ainda se essa tendência se repetirá agora em 2014, até porque Marina foi muito atacada por Dilma na campanha de primeiro turno. Se Dilma perder, será a primeira candidata a presidente no Brasil que terá fracassado ao tentar a reeleição.


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