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Eleições 2014/Estados

Boa votação eleva cacife de Alckmin para 2018

Tucanos paulistas acham natural que ele dispute Presidência se Aécio não vencer

Para tentar cargo, governador ainda terá de solucionar crises, como a falta de água, e pacificar partido em SP

GUSTAVO URIBE DE SÃO PAULO

Com a segunda maior votação de um candidato a governador de São Paulo desde a redemocratização do país --57% dos votos válidos--, Geraldo Alckmin (PSDB) sai da disputa eleitoral deste ano como um dos nomes mais fortes do partido para a próxima sucessão presidencial.

O tema ainda é tratado com discrição pelo governador, mas dirigentes tucanos em São Paulo consideram que é natural que ele pleiteie o posto em 2018 caso o presidenciável Aécio Neves (PSDB) não saia vencedor na disputa contra Dilma Rousseff (PT).

Com a derrota do PSDB em Minas Gerais, o que deve enfraquecer a ala mineira da sigla, a avaliação é que São Paulo ganhará peso ainda maior na correlação de forças internas do partido e, portanto, na escolha do candidato à sucessão presidencial.

À exceção de Aécio Neves, todos os candidatos a presidente do PSDB desde a eleição de 1994 saíram dos quadros paulistas: Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), José Serra (2002 e 2010) e Geraldo Alckmin (2006).

Com o desempenho obtido nas urnas e tendo disputado apenas uma vez a sucessão presidencial, o nome do governador é apontado pelo comando do partido em São Paulo como o primeiro da fila para a disputa eleitoral de 2018.

PROBLEMAS

Para garantir sua preferência na relação de nomes cotados para presidente, no entanto, o governador terá de ter êxito no gerenciamento de crises e problemas administrativos em seu novo mandato.

Além da possibilidade de enfrentar um cenário econômico adverso no ano que vem, que poderá afetar as finanças estaduais, ele terá de solucionar a crise de desabastecimento do sistema Cantareira, um dos problemas mais sensíveis de sua atual gestão.

Caso a falta de água se agrave, o tucano poderá pagar a fatura política por não ter realizado um racionamento, o que é defendido desde o início do ano por técnicos e especialistas na área.

No novo mandato, o governador terá também o desafio de pacificar as diferentes alas do partido em São Paulo para a escolha do candidato tucano à prefeitura da capital paulista em 2016.

Pela primeira vez desde 1996, nem Alckmin nem Serra devem disputar o cargo, o que já tem causado movimentações dentro do partido.

Entre as principais apostas, aparecem os nomes do vereador Andrea Matarazzo e do deputado estadual Bruno Covas --eleito neste domingo (5) deputado federal.

VIRADA

Em discurso na sede estadual da sigla, após a confirmação da vitória em primeiro turno, o governador afirmou que sua reeleição "reafirmou os valores de São Paulo" e que as urnas "consolidaram o que está indo bem".

"Estamos iniciando uma nova jornada, mas não vamos começá-la do zero", disse.

O tucano se comprometeu a trabalhar a partir de agora pela eleição de Aécio Neves a presidente e defendeu que agora é o momento do Brasil "reencontrar o seu rumo".

"Eu e José Serra já fomos candidatos [a presidente] e batemos na trave. Quem vai marcar o gol é o povo. E como diz o jogador Ronaldo Nazário: de virada é sempre melhor", afirmou.


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