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Skaf enfrentará resistência do PMDB para disputar a prefeitura em 2016

Na campanha ao governo paulista, candidato irritou sigla, que deve preferir Chalita

ALEXANDRE ARAGÃO DE SÃO PAULO

Segundo colocado na disputa pelo governo paulista, derrotado pelo governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB) dificilmente terá espaço em seu partido para concorrer a outro cargo em 2016. A principal possibilidade aventada era a prefeitura da capital.

Depois de ter deixado o partido de lado durante praticamente toda a sua campanha, Skaf sai da disputa enfraquecido internamente.

Caso queira disputar até mesmo o Palácio dos Bandeirantes pelo PMDB novamente, em 2018, deverá fazer as pazes com boa parte da sigla.

Oficialmente, ambos os lados refutam que haja desentendimento. "Por hoje é agradecer", disse Skaf, questionado sobre o futuro político. "Vamos deixar a poeira assentar, amanhã é outro dia."

O auge do embate foi o encontro estadual do partido, em Jales (585 km da capital), quando Skaf dividiu palanque com a presidente Dilma Rousseff (PT) --ele passou toda a campanha recusando-se a declarar o voto na petista.

Apesar de ter discursado ao lado de Dilma, Skaf logo foi embora, o que desagradou seu principal fiador, Michel Temer, vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB. Segundo interlocutores, foi a partir de então que o partido desembarcou de vez da campanha.

"Em Jales, o Michel se sentiu atacado", diz um prefeito peemedebista de uma cidade paulista de médio porte. "O Skaf ignorou os prefeitos [do PMDB] e ignorou o Michel."

CHALITA

Em 2016, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a tendência é que a sigla defenda a candidatura do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), que não concorreu neste ano por responder a uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeitas de irregularidade em sua gestão na Secretaria de Educação, no governo de Alckmin.

O processo foi arquivado pelo ministro Teori Zavascki no final de setembro a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por ausência de provas.

Caso escolha esperar até 2018 para tentar o Bandeirantes de novo, Skaf terá que lidar com o racha do PMDB no interior, onde boa parte dos prefeitos da sigla apoiou neste ano o adversário tucano.

Em ambos os casos, o candidato deverá repensar a estrutura de sua campanha.

Neste ano, reclamações de aliados eram recorrentes sobre como a organização de comando foi dedicada mais à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) --da qual Skaf é presidente licenciado-- que ao PMDB.

O partido chegou a indicar pessoas para fazer o meio de campo entre campanha e sigla. Mas, segundo um peemedebista do interior paulista, a tentativa naufragou por falta de interesse de Skaf.


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