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Eleições 2014/Estados

Padilha critica institutos de pesquisa

Candidato petista ao governo de SP diz que PT sempre tem sete pontos a menos nos levantamentos às vésperas da eleição

Ex-ministro entrou na disputa pela 'fórmula poste', por indicação de Lula, assim como Dilma e Fernando Haddad

MÁRCIO FALCÃO DE SÃO PAULO

O discurso do candidato do PT ao governo de SP, Alexandre Padilha, após a derrota, foi marcado por críticas aos institutos de pesquisa e à imprensa, além de apelo pela mobilização para reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Os levantamentos divulgados até este sábado (4) pelo Datafolha e pelo Ibope apontavam que ele teria no máximo 16% dos votos válidos --acabou tendo 18% ao final.

"Não vou falar em má-fé, mas algo tem que ser explicado pois toda vez, a 12 horas da eleição, os institutos dão 7 pontos a menos para o PT em São Paulo. Há algo nos institutos que não acompanha a realidade", disse.

A cobrança foi reforçada por Emídio de Souza, presidente do PT-SP e coordenador da campanha. "Não estamos acusando os institutos, mas eles devem explicação."

Padilha reclamou, ainda, ter ficado de fora da cobertura pela TV Globo por quase 30 dias -- a emissora só acompanhou candidatos com mais de 6% das intenções de voto.

Ele citou a Folha, que, seguindo as pesquisas, publicou na véspera da eleição artigos de Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf (PMDB).

Segundo o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o resultado da eleição confirmou a tendência das últimas pesquisas, com a reeleição de Alckmin no primeiro turno, seguido por Skaf (PMDB).

"Não se compara número de véspera com resultado das urnas. É um erro e mascara o comportamento do eleitor que define o voto no último momento", afirmou.

Paulino afirmou que as últimas pesquisas do Datafolha identificaram a tendência de crescimento do petista.

Para ele, o PT enfrentou forte rejeição em São Paulo, Estado no qual todas as pesquisas apontaram menor índice de simpatia ao partido.

FUTURO

Padilha acompanhou a apuração em um hotel na região da Paulista, junto com aliados, como o prefeito Fernando Haddad, e de familiares. O clima não era de tristeza, mas de ânimo especialmente pelo índice obtido.

"Nas próximas três semanas, o que estou pensando é ficar na rua pedindo votos para Dilma, sendo soldado da reeleição", afirmou. Ele evitou falar de erros na campanha, mas disse ter sido candidato em "cenário adverso".

O resultado reabre no PT debate sobre possíveis nomes para tentar vencer a hegemonia do PSDB no Estado.

Uma das opções é o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, interlocutor próximo a Lula. Ele era opção para 2014, mas abriu espaço para Padilha, que seguiu a "fórmula poste", quando Lula escolhe alguém sem capital político para tentar cargos relevantes, assim como ocorreu com Dilma Rousseff (Presidência) e Fernando Haddad (prefeitura).

Ao longo dos quatro meses, a principal dificuldade de Padilha foi assegurar o tradicional eleitorado petista no Estado, que está nos movimentos sindical e social.

A estratégia inicial levou Padilha ao interior, base que elege o PSDB há 20 anos.


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