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Eleições 2014/Estados

Crivella supera Garotinho e vai enfrentar Pezão

Com reviravolta no final da campanha no RJ, senador do PRB vai disputar o segundo turno com o atual governador

Candidato do PMDB diz que procurará partidos, e não candidatos, para obter apoio; PT deve se dividir no Estado

DO RIO

Com uma reviravolta nos últimos dias de campanha, o senador Marcelo Crivella (PRB) superou o deputado Anthony Garotinho (PR) e vai enfrentar o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), na disputa pelo Palácio Guanabara.

O peemedebista obteve 40,6% dos votos válidos, seguido do candidato do PRB (20,3%) e de Garotinho (19,7%). A diferença entre Crivella e Garotinho foi de apenas 42 mil votos.

O senador Lindbergh Farias (PT) teve 10% dos votos válidos, próximo de Tarcísio Motta (Psol), com 8,9%.

O novo cenário, considerado pouco provável pelos peemedebista há uma semana, vai levar à revisão de estratégia da equipe de Pezão.

No primeiro turno, o governador explorou a imagem de homem simples e interiorano, se descolando de padrinhos políticos --em especial o ex-governador Sérgio Cabral, aliado que renunciou com baixa popularidade.

Crivella não conta com apoio de estrutura partidária e apostou em classificar-se como "candidato ficha limpa", em contraposição a adversários com processos ou condenações.

Os dois estavam em empate técnico na simulação de segundo turno de quinta-feira (2) feita pelo Datafolha.

"Não pretendo ir para o ataque. Apanhei de quatro [candidatos] durante toda a campanha. Não me sentiria bem se fizesse campanha desse jeito", disse o governador.

Pezão reafirmou apoio à presidente Dilma Rousseff, embora parte de seu partido apoie Aécio Neves (PSDB) no Estado, na chapa "Aezão". Crivella tentou colar o peemedebista ao tucano e lançou a chapa "Dilmella".

"Sempre contei com o apoio da presidente Dilma. Já o Pezão, no fundo é Aécio. É o tal Aezão. Agora, então, sobrou o Dilmella."

Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella chega ao segundo turno após três disputas frustradas a cargos majoritários (duas de prefeito e uma de governador), nas quais esbarrou na alta rejeição. Neste eleição, contudo, apenas 15% dos eleitores declararam que não votariam de jeito nenhum no senador.

Garotinho, por sua vez, perdeu intenções de voto à medida que sua rejeição aumentava. A três dias da eleição, quase metade (48%) dos eleitores declarou que não votaria no ex-governador. A mesma pesquisa indicou a aproximação de Crivella.

Pezão disse que vai procurar os partidos, e não os candidatos. O PT deve se dividir. Lindbergh deve declarar apoio a Crivella, mas deputados eleitos pela sigla tendem a aderir ao peemedebista.

Garotinho não deu entrevistas. Disse apenas, via assessoria de imprensa: "O povo é soberano, escolheu e eu respeito".


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