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Eleições 2014

Dilma já evoca 'fantasmas do passado' contra avanço de rival

Preocupada com arrancada de Aécio na reta final, petista fará operação para desconstruir tucano

Em pronunciamento, líder do 1º turno evitou transparecer preocupação instalada em sua campanha

ANDRÉIA SADI NATUZA NERY VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Surpresa e preocupada com a arrancada final do tucano Aécio Neves, a cúpula da campanha de Dilma Rousseff definiu que precisa agir rapidamente para conter a onda de ascensão do candidato a ser enfrentado no segundo turno da eleição.

A ordem é colocar em prática, o mais rápido possível, operação para tentar desconstruir a imagem do tucano, seguindo receita que deu certo contra Marina Silva (PSB).

A decisão foi tomada diante do temor de que Aécio, impulsionado pela onda final, apareça empatado ou mesmo à frente da presidente Dilma nas primeiras pesquisas de segundo turno.

Em seu pronunciamento após o fim da apuração, Dilma já indicou a linha de ataques. Afirmou que o "povo brasileiro vai dizer que não quer os fantasmas do passado de volta", numa referência ao PSDB que governou o país entre 1995 e 2002.

Também disse que o "povo não quer de volta quem chamou os aposentados de vagabundos" e que "trouxeram o racionamento de energia", em referência ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fiador da candidatura de Aécio.

Nas palavras de um integrante da cúpula da campanha dilmista, se contra Marina o PT abriu a "caixa de ferramentas" para desconstruí-la, lançará mão de uma "oficina inteira" para evitar uma virada do senador.

O tom de preocupação e surpresa tomou conta do Palácio da Alvorada, onde a presidente acompanhou a apuração com sua equipe, diante dos números mostrando que o tucano obteve mais votos do que o esperado.

No pronunciamento, Dilma procurou transmitir otimismo e evitar transparecer a preocupação que tomou conta de seu comitê.

"A luta continua", disse ela para uma plateia de ministros e petistas, reunidos no mesmo hotel em que ela apareceu abatida depois da frustração de não ter ganhado no primeiro turno em 2010.

ATAQUE

O mote dos ataques ao tucano já foi escolhido: "quem conhece Aécio, não vota em Aécio", em referência ao fato de o senador não ter vencido no seu Estado neste primeiro turno. Ficou atrás de Dilma na votação para presidente e seu candidato Pimenta da Veiga perdeu para o petista Fernando Pimentel o governo de Minas Gerais.

A ideia é atacar em duas linhas: dizer que o projeto tucano leva ao desemprego e ao achatamento salarial dos brasileiros e explorar à exaustão episódios negativos para o adversário, como o revelado pela Folha da construção de aeroporto em um terreno que pertenceu à família de Aécio, desapropriado pelo governo de Minas anos atrás.

A estratégia definida pelo comitê petista é bater bumbo na vitória de Pimentel e ressaltar a vantagem de Dilma sobre Aécio em Minas.

Na frente econômica, haverá o discurso de que o modelo tucano aceita algum nível de desemprego em nome da competitividade. "Eles vêm o povo como peso e nós o povo como saída para o desenvolvimento do país."

Baseado em pesquisas internas, o PT vai tentar colar a imagem de Aécio a FHC. Segundo petista, os eleitores desconhecem a associação do candidato com o ex-presidente, o que, conforme dilmistas, puxaria o candidato tucano para baixo.


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