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Eleições 2014

Mal na foto

Eleitores não resistem a alguns minutos sem 'flashes', fazem pose nas urnas e revelam seus candidatos; práticas ferem a legislação

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Ousados ou simplesmente desavisados, eleitores não resistiram a alguns minutos sem receber "curtidas" e "corações" na internet e publicaram fotos de si mesmos votando -alguns, inclusive, revelaram seus candidatos.

A mania do "selfie" nas urnas, que pegou até famosos, é proibida pela lei eleitoral. Na cabine de votação, o eleitor não pode portar celular, máquina fotográfica, filmadora ou qualquer outro aparelho que possa comprometer o sigilo do voto.

Após repercussão nas redes sociais, muitos apagaram as imagens para evitar punição. Algumas, porém, viraram piada e foram reunidas na página #SelfieNaUrna (selfienaurna.tumblr.com).

A apresentadora Didi Wagner, que publicou uma foto de seu candidato à Presidência na urna eletrônica, diz que não sabia da proibição.

"Não vi avisos na minha zona eleitoral atentando para isso, tampouco fui alertada pelos mesários sobre esse fato, sendo que tirei a foto explicitamente, sem tentar 'disfarçar'. Sou uma pessoa que gosta de seguir e respeitar as regras", afirmou ela, que apagou a imagem, à Folha.

Foi o que também fez a empresária Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso. Ela excluiu de sua rede social a foto que revelava seu candidato a deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Mais tarde, afirmou que se tratava de uma montagem e pediu desculpas pelo "transtorno".

"Não sabia que era crime eleitoral postar foto-montagem simulando meu voto!", declarou em sua página.

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), José Antonio Dias Toffoli, disse que os casos de fotos feitas na cabine de votação precisam ser investigados.

De acordo com ele, a preocupação da Justiça não está relacionada à "vaidade" dos eleitores, mas à possibilidade de registrarem o voto devido a coação ou como prova para a venda do sufrágio.

Já as imagens da tela da urna podem render pena de até dois anos de prisão ou multa, por serem consideradas boca de urna, segundo o advogado Anderson Pomini.


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