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Análise

Pesquisas e escândalo coroam 'tempestade' contra presidente

O PT TEM ARTILHARIA PARA REAGIR, MAS O SALDO DO INÍCIO DA DISPUTA DO 2º TURNO É NEGATIVO PARA DILMA

IGOR GIELOW DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A divulgação das primeiras pesquisas do segundo turno e o devastador depoimento de Paulo Roberto Costa coroaram nesta quinta-feira (9) a "tempestade perfeita" que atinge a campanha de Dilma Rousseff (PT).

O termo designa a convergência de fatores negativos que agudizam uma situação já difícil. No caso da campanha da presidente, a saber:

1. Seu oponente Aécio Neves (PSDB) teve um desempenho acima do previsto no primeiro turno. Ganhou fôlego.

2. O desastre eleitoral em São Paulo colocou o PT em pé de guerra. Lideranças emergentes questionam a velha guarda paulista do partido, e até Lula virou alvo de críticas.

3. Enquanto isso, Aécio amealhou apoios ao longo da semana, inclusive o do arredio PSB. A principal "noiva", Marina Silva, indicou estar à beira do "sim", embora isso ainda esteja em aberto.

4. Na quarta (8), encadearam-se diversas más notícias para Dilma. Gente ligada ao PT foi pega com malas de dinheiro, a inflação estourou o teto da meta e uma autoridade econômica sugeriu que o povo comesse frango no lugar de carne, a Procuradoria-Geral da República descartou acusação criminal petista contra Aécio no caso do aeroporto de Cláudio e, por fim, foi divulgado que o delator da Petrobras citou PT, PMDB e PP como receptores de dinheiro desviado da estatal na campanha de 2010.

5. A divulgação do depoimento de Costa, de própria voz. É peça única no anedotário da corrupção e atinge o centro do grupo no poder.

6. A perda da vantagem que Dilma manteve durante toda a campanha nas simulações de segundo turno, e ainda sem o impacto pleno do caso Petrobras, com ultrapassagem numérica de Aécio.

O PT tem condições e artilharia para reagir, ainda mais numa campanha que viu de tudo, mas o saldo do início da disputa do segundo turno é negativo para Dilma.


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