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Eleições 2014

Rivais têm ódio do povo, diz Dilma

Presidente associa tucanos ao conservadorismo e diz que adversários promovem 'oposição ridícula' entre Sudeste e Nordeste

Petista criticou Armínio Fraga: 'Esse senhor não gosta do salário mínimo. Eles acham que o mínimo é recessivo'

JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR

Em mais um dia de campanha pelo Nordeste, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quinta-feira (9) que seus rivais promovem uma "oposição ridícula" entre o Sudeste e o Nordeste.

"É uma visão preconceituosa e elitista. [Eles estão] dizendo que meus votos são os dos ignorantes e dos letrados são os deles. Eles não andam no meio do povo, não dão importância ao povo. Querem desqualificar, destilar um ódio mal resolvido", afirmou a presidente em entrevista a rádios locais.

A presidente associou o PSDB de seu adversário Aécio Neves ao "conservadorismo" e disse que o povo "tem que lutar pelas conquistas dos últimos 12 anos". E mirou nos eleitores que ascenderam socialmente, dizendo que "criou" a classe média que cresceu nos últimos anos.

"Temos de ter foco nos mais pobres. Mas também fizemos política para classe média ascendente que nós mesmos criamos", afirmou.

Na segunda-feira (6), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse ao UOL (empresa do Grupo Folha, que edita a Folha) que o PT cresceu no país com o voto dos menos informados. "O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres", disse.

Com foco no Nordeste, onde Dilma teve 56% no primeiro turno (ante 9% de Aécio), a campanha do PT aposta na crítica ao suposto preconceito dos rivais contra a região. O campo tucano rebate e diz que o PT quer "dividir o Brasil" com tal discurso. A entrevista, que alcançou todo o interior baiano, foi conduzida pelo radialista e ex-prefeito de Salvador Mário Kértesz.

Em discurso em Salvador, Dilma voltou a criticar o economista Armínio Fraga, que foi presidente do Banco Central durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Aécio declarou que Armínio será seu ministro da Fazenda caso ele vença a eleição.

"Esse senhor [...] não gosta do salário mínimo. Eles acham que o salário mínimo é recessivo. É um escândalo", afirmou. Em nota, Armínio disse que ela "está mal informada ou distorce os fatos".

'MEIO PARDINHA'

Na capital baiana, Dilma teve um encontro com prefeitos e depois visitou o túmulo da beata Irmã Dulce e a Basílica do Bonfim. Seguindo a tradição local, recebeu bênção e agradeceu pelos votos.

Dilma disse ser "meio pardinha" e pediu uma vaga no Olodum, blocos afro tradicional da capital baiana.

"Quando deixar de ser presidente, vou ver se eu consigo ali um espaçozinho para mim [sic] tocar lá no Olodum", disse a presidente. "Sou meio pardinha, então acho que eu passo lá."

Do lado de fora da igreja, petistas se misturavam a militantes pagos, como baianas caracterizadas, contratadas pelo PT por R$ 80/dia para borrifar alfazema no público.

"Porta-bandeira" paga pelo PT, Eliene Silva disse ter recebido diária e auxílio-transporte. Afirmou apoiar a reeleição de Dilma: "O PT é dez. Não tenho do que reclamar".

Em Sergipe, Dilma pediu que o Nordeste faça uma "onda" pela sua reeleição: "Eu já pedi uma onda na Bahia para ganhar no segundo turno. Agora, estou pedindo uma onda sergipana, uma onda forte, que nos leve a um segundo turno vitorioso".


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