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Outro lado

Executivo diz que bens não são 'nada demais'

DO RIO

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, diz que comprometeu 30% de sua renda com a aquisição de imóveis para si e para os filhos no período em foi diretor da Petrobras. "Não é nada demais. Ainda tive dinheiro para comer", afirmou.

Em entrevista no seu escritório na sexta-feira, Duque não quis comentar as acusações de Paulo Roberto Costa.

Ele também diz que não é próximo do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, citado por funcionários da estatal como responsável por sua indicação para o cargo.

Duque sustenta que pagou apenas R$ 2 milhões pelos três apartamentos na Barra e que os "custos de construção e aquisição" dos imóveis são diferentes. Admitiu, no entanto, que deve ter gasto mais para finalizar a obra.

A reportagem consultou construtoras que trabalham com prédios na região e encontrou, inclusive, um empreendimento de tamanho similar ao que foi feito para o ex-diretor.

Em todos os casos, o valor cobrado dos clientes ao final da construção é similar ao praticado no mercado para um imóvel pronto.

"Fiz um péssimo negócio. Vendi na hora errada, quando o mercado estava começando a subir", disse José Mauro dos Santos Fonseca, dono da construtora Frecon, que realizou a obra do ex-diretor. Os dois eram amigos, mas romperam por divergências na construção do prédio.

Ele diz não se lembrar do valor que teria sido pago pelo empresário Marcolino Belete, que possui um apartamento no mesmo prédio, mas reconhece que foi "um pouco acima". Belete pagou o dobro de Duque por um apartamento do mesmo tamanho.

O ex-diretor não acredita que seu patrimônio imobiliário total chegue a R$ 12,5 milhões. "Se eu conseguisse R$ 9 milhões ou R$ 10 milhões, vendia tudo e me mudava para Portugal", disse.


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