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Sem fazer gênero

Presidente da GE descarta estilo feminino de liderar empresa; para ela, o mundo dos negócios exige foco em resultado

VERENA FORNETTI EDITORA-ADJUNTA DE EMPREGOS E NEGÓCIOS

Adriana Machado, 44, estudou ciências políticas na UNB. "Para quem cresceu em Brasília, talvez seja natural trabalhar com o governo, mas não se tornar presidente de uma empresa como a GE."

O caminho até o cargo de liderança incluiu passagens pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Ela entrou na multinacional em 2009 como diretora de relações governamentais e assumiu a presidência da operação no Brasil depois de dois anos.

Para ela, homens e mulheres têm os mesmos desafios na carreira executiva.

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Folha - A sra. identifica algum ponto de inflexão na carreira?
Adriana Machado - Não destaco um ponto isolado. Em todos os momentos que precisei sair da minha zona de conforto me deparei com situações que me levaram a pensar ou agir de modo diferente e que ajudaram a determinar minha trajetória.
Entre as principais, destaco o intercâmbio nos EUA, que fiz aos 17 anos. Ali, nasceu a Adriana com dimensão de mundo e um olhar mais atento para o meu país, já que em muitos momentos tive que agir como uma espécie de "embaixadora". Outro importante momento foi a saída de Brasília (DF). Vim para São Paulo (SP) para acompanhar meu marido, mas a mudança me permitiu procurar emprego novo e conquistar novos aprendizados. Por último, destaco a saída da Intel para vir para a GE. Deixei de atuar focada em um único setor.

Na sua carreira, oportunidades apareceram em áreas em que a sra. não esperava ou cada novo passo foi planejado?
Para quem cresceu em Brasília, talvez seja natural trabalhar com o governo, mas não se tornar presidente de uma empresa como a GE. Acredito que a vida oferece oportunidades e cabe a nós fazer escolhas. Procuro ter um norte e aproveitar as oportunidades.

Existe um estilo feminino de se comportar na carreira?
Independente de ser homem ou mulher, o mundo dos negócios atual exige foco em resultado, comprometimento e dedicação. São essas características que auxiliarão na construção de uma carreira de sucesso. Mais do que isso, o líder do mundo moderno independe de gênero. Para ser líder, é indispensável saber a importância da equipe e entender que a diversidade é benéfica.

Quais os erros comuns que a sra. vê nos jovens que almejam cargos de liderança?
Atualmente, uma característica que observo nos jovens é a troca frequente de posição no mercado de trabalho e uma certa inquietação, típica da geração. Acredito que os jovens devam se preocupar menos com o cargo em si e mais com o aprendizado que a função pode proporcionar. Há um processo natural de amadurecimento. O reconhecimento, ou mesmo o cargo de liderança, surge como fruto do desenvolvimento profissional e dos resultados.


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