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Mudar muitas vezes

PARA EXECUTIVA, O DIPLOMA NÃO É A QUALIFICAÇÃO MAIS IMPORTANTE PARA UM PROFISSIONAL, QUE SEGUNDO ELA DEVE SE REINVENTAR E MUDAR JUNTO COM A REALIDADE

Caio Kenji/Folhapress
Regina Nunes
Regina Nunes
ANA MARIA FIORI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Regina Nunes, 47, trabalha no mercado financeiro há 26 anos, está casada há 24 anos com o primeiro namorado, tem duas filhas e dois cachorros. Ela diz que entre os desafios constantes sempre esteve conciliar carreira e vida pessoal. Orgulha-se de nunca ter deixado de levar uma filha ao médico.

Hoje ela é presidente no Cone Sul da Standard & Poor's, uma das maiores fornecedoras do mundo de serviços de inteligência no mercado financeiro.

Nunes defende que o diploma não é o mais importante para construir uma carreira sólida. Para ela, é fundamental ter visão estratégica e ampliar horizontes.

Folha - Como foi o início de sua trajetória profissional?
Regina Nunes - Eu sempre achei que meu futuro seria na área financeira de empresas ou bancos. Que área dentro da financeira já é outra decisão. No último ano de faculdade, fiz muitas entrevistas para poder escolher a melhor oportunidade, caso eu passasse nos testes. Passei em todos e escolhi o Citibank.

Qual é a sua formação?
Fiz muitos cursos, pagos pelas próprias empresas. Um deles pelo Chase Manhattan, em Nova York. Atualmente, com a competitividade, o diploma não é o que mais vale. Conhecer outras áreas e ampliar os horizontes é fundamental. Se puder fazer alguma coisa mais formal, como pós-graduação, mestrado ou doutorado, sempre vai ser extremamente útil.

Um ano e dois meses depois de ingressar na empresa, assumiu a presidência. A que atribui essa conquista?
Começamos esta empresa em novembro de 1998. Existiam só quatro pessoas aqui no Brasil. Minha chefe era a representante legal, morava nos Estados Unidos e iria se mudar para cá até o final de 1999. Ela não se mudou e eu, que era a principal líder aqui, assumi a empresa inteira em janeiro de 2000. Atribuo isso a um trabalho muito bem-feito e reconhecido.

Quais foram os maiores desafios que enfrentou em sua carreira? Como os superou?
Minha carreira é cheia de grandes desafios. Aquele que eu enfrento hoje é muito vinculado à minha posição, porque cuidei por treze anos só de Brasil. Há um ano assumi o desafio de cuidar de uma região que se chama Cone Sul, que para nós são oito países. Para me manter em liderança eu tenho de estudar muito mais, trabalhar muito mais, eu tenho de dar muito mais atenção para as pessoas.

O que diria a alguém que quisesse seguir caminho semelhante ao seu?
Você é que vai fazer seu caminho. Tem de perseguir os seus objetivos. É importante estudar muito, trabalhar muito, ser responsável, liderar, saber trabalhar em grupo, saber trabalhar individualmente. Diminuir as suas fraquezas por meio de estudo, procurar o seu espaço. Consegui muita coisa, mas nem sempre na hora em que eu quis. E tive de mudar muitas vezes, eu é que tive que perseguir meus objetivos.


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