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Análise

Democratas e republicanos aprofundam suas divergências

OS REPUBLICANOS FICARAM MAIS CONSERVADORES, OS DEMOCRATAS, MAIS AGNÓSTICOS

VINICIUS TORRES FREIRE EM CAMBRIDGE, MASSACHUSETTS

A política americana pareceu mais extremada desde George W. Bush (2001-2008) ou desde Barack Obama.

Os conservadores do Tea Party, corrente republicana, e o "esquerdismo" dos comitês democratas de Obama seriam sinais dessa divergência. Não era só impressão.

Em um quarto de século, jamais foi tão grande a diferença entre crenças e valores sociopolíticos devido à preferência partidária, segundo a pesquisa "Valores Americanos", do Centro de Pesquisa Pew. O estudo foi divulgado em agosto.

Ficou mais quente devido ao programa antigoverno do adversário de Obama, Mitt Romney, e ao vazamento de uma conversa na qual o republicano dizia que 47% dos americanos são encostados à espera de ajuda do Estado.

Sexo, idade, religião, cor, educação e renda definem diferenças de valores, mas a divergência devido a essas características não mudou desde 1987.

CONSERVADORISMO

Os republicanos se tornaram mais conservadores. Em 1987, 79% dos democratas e 62% dos republicanos acreditavam que o "governo deveria cuidar de quem não pode cuidar de si".

Neste 2012, era essa a opinião de 75% dos democratas e a de 40% dos republicanos. A diferença passou de 17 para 35 pontos.

O governo deveria ajudar "pessoas necessitadas" mesmo tendo de aumentar a dívida pública (com deficit público)? A diferença entre democratas e republicanos saltou de 25 para 45 pontos.

A favor de leis ambientais mais duras? Os adeptos dos dois partidos quase concordavam há 25 anos: 93% dos democratas, 86% dos republicanos.

Agora, o placar é 93% (democratas) ante 47%.

Cresceu o eleitorado "independente", agora 38% ante 29% em 1987. Os independente adotam opiniões meio-termo. Mas o aumento do número de "centristas" não explica a "radicalização" nos adeptos dos partidos.

Há 32% de eleitores democratas, 24% de republicanos (ante 33% e 31%, em 1987).

Os democratas ficaram mais agnósticos, preferem famílias mais modernas e são mais pró-minorias. Os republicanos ficaram quase na mesma nesses assuntos.

Mais americanos acreditam, corretamente, que cresceu a desigualdade econômica. Mas a pesquisa revela também que não aumentou a animosidade de classe.


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