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Contagem parcial de votos indica vitória de Obama

Projeção apontava Obama com 274 votos no colégio eleitoral, contra 201 de Romney; são necessários 270

No voto popular, no entanto, Romney tinha pequena vantagem; não deve haver mudança no controle do Congresso

LUCIANA COELHO ENVIADA ESPECIAL A CHICAGO

Barack Hussein Obama II, 51, foi reeleito presidente dos EUA ontem, segundo projeções com base na apuração parcial dos votos e em pesquisas de boca de urna.

Ele tinha às 2h30 de ontem 274 votos no Colégio Eleitoral, 4 a mais do que o mínimo necessário, segundo a rede de TV CNN. Seu rival Mitt Romney tinha naquele momento 201 votos.

Mas o republicano liderava no número de votos recebidos dos eleitores (50% contra 49%). Nos EUA, a Casa Branca é definida por delegados escolhidos com base nos Estados conquistados pelos candidatos.

"Estamos todos juntos nessa. É assim que fizemos campanha, e é isso que somos. Obrigado", disse aos apoiadores pelo Twitter.

Tão logo o resultado foi projetado, apoiadores de Obama explodiram em festa no comitê do presidente, em Chicago, para onde o presidente se dirigiu ontem.

O presidente venceu uma após votação muito mais acirrada do que a que o conduziu ao poder em 2008, quando o país se uniu sob o slogan da esperança.

Ele não terá controle sobre a Câmara dos Deputados, que se mantém em mãos republicanas. O Senado permanece com os democratas.

Desta vez, foi o pragmatismo que levou um eleitorado rachado a dar ao democrata mais quatro anos no poder, fazendo dele o primeiro presidente reeleito nos EUA com um índice de desemprego acima de 7,5%.

A derrota de Romney, 65, é resultado de uma estratégia orquestrada meticulosamente pelos democratas para ampliar a vantagem do presidente em Estados ainda indecisos, combinando um exército de cabos eleitorais e comerciais de TV.

"A campanha de Obama foi brilhante em reverter a pergunta para o eleitor: esta é a primeira eleição em que um titular disputa a permanência no cargo que não vira um referendo sobre seu mandato, mas um julgamento de seu oponente", disse o cientista político Paul Green, da Universidade Roosevelt, em Chicago, antes da votação.

Por meses, os democratas pintaram Mitt Romney, ex-governador de Massachusetts, como um candidato envolto em uma redoma de riqueza, desconectado do eleitor e com pouca experiência no mundo real.

Foi só nos debates presidenciais, em outubro, que os americanos tomaram contato com uma versão mais real do republicano, que nas semanas seguintes ganhou impulso até representar uma ameaça real ao presidente.

O maior feito de Obama na campanha, porém, é ter convencido o eleitor de que, apesar de sua performance mediana na condução da economia -maior preocupação dos americanos, segundo pesquisas- ele poderia fazer melhor nos próximos quatro anos.

Embora os dados financeiros em si continuem longe do patamar em que estavam antes da crise de 2008, índices como os gastos de consumo indicam que os americanos estão mais confiantes.

PÊNDULOS

Sozinhas, as pesquisas de boca de urna ontem foram incapazes de indicar um vencedor claro. Obama foi apontado vitorioso nos Estados onde os democratas já eram favoritos, concentrados na costa nordeste, e Romney conquistou o "sul profundo" do país, tradicionalmente republicano.

Mas nos oito Estados que continuaram indecisos até o último minuto a disputa se manteve acirrada noite adentro, desenlaçando só quando a apuração avançou.

A maior expectativa era sobre a Flórida -até o fechamento desta edição, não havia vencedor declarado.


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