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Decisão não altera relação comercial, avalia Brasil

Para governo, continuidade da divisão no Congresso mantém cenário bilateral

Do ponto de vista político e pessoal Dilma Rousseff tem muito mais afinidade com Barack Obama

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

O governo Dilma Rousseff avalia que o resultado da eleição norte-americana, de forma prática, não afetará aquilo que mais interessa ao Brasil: as relações comerciais entre os dois países.

A explicação está, segundo assessores presidenciais, no fato de que a eleição não irá mudar a composição do Congresso americano, por onde passam as decisões sobre comércio externo: a Câmara continuará sendo de maioria republicana; o Senado, provavelmente seguirá democrata.

Nas palavras de um assessor, a tendência de manutenção da divisão de poder entre democratas e republicanos não irá promover mudanças no cenário atual das relações bilaterais, independentemente de quem vença.

Na eleição realizada ontem, além de definir o futuro presidente dos Estados Unidos, os eleitores americanos votaram para eleger os novos deputados e renovar um terço do Senado.

AFINIDADE

Do ponto de vista pessoal e político, a presidente Dilma tem muito mais afinidade com o atual presidente americano, Barack Obama. Os dois defenderam posições semelhantes em recentes reuniões no campo econômico.

Ela e Obama cobraram de países europeus, principalmente da Alemanha, a adoção de medidas para estimular a retomada do crescimento econômico mundial, pedindo que evitem focar ações apenas no campo da austeridade fiscal.

Nesta área, lembra um assessor, os dois estão do mesmo lado, enquanto o republicano Mitt Romney é mais defensor da total liberdade de mercado. Por outro lado, o republicano, pela linha histórica de seu partido, tende a ser menos protecionista, o que é melhor para o Brasil.

Dilma não gostou, porém, do documento sobre política externa do candidato republicano. No documento, ele citou basicamente dois países da América Latina, Cuba e Venezuela, sob um ponto de vista ideológico socialista.

Nessa área, o Planalto enxerga Romney como um político conservador, que pode representar um atraso em termos de política internacional.

Antes da eleição, o Planalto avaliava que uma vitória do republicano, porém, não seria considerada o "fim do mundo" para o governo Dilma, que apostava ontem na vitória de seu concorrente do Partido Democrata.

LULA

Afinal, destacou um assessor, os Estados Unidos, apesar de parceiro importante do Brasil, já não são mais o centro do mundo, não tendo o mesmo peso do passado.

Ele lembra ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um bom relacionamento com o mais recente presidente republicano, George W. Bush.


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