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Retratos da periferia

Na São Paulo dos extremos, correspondentes do blog Mural mostram problemas que afetam o cotidiano de dez bairros e o que pode ajudar a reduzir as desigualdades da cidade

1- Penha

O centro cultural da Penha foi entregue no fim de 2012, depois de permanecer fechado por dois anos e meio para reforma. Mas as melhorias não dão conta de atender os 475 mil habitantes residentes na área da Subprefeitura da Penha. Em Cangaíba, por exemplo, há apenas um teatro -interditado para reformas- e dois CEUs com programação limitada. Já em Vila Matilde e Artur Alvim, ainda não há equipamentos culturais.

(MARINA LOPES)

2- Itaquera

A população de Itaquera espera que as obras viárias da Copa do Mundo, no entorno do novo estádio do Corinthians -orçadas em R$ 478 milhões-, melhorem o trânsito e levem desenvolvimento, com a instalação de empresas, parque linear e unidades da Fatec, Etec e Senai. A esperança é que o evento deixe benefícios. O problema é a indefinição do futuro das famílias que vivem em 15 favelas na região e terão de ser reassentadas.

(LÍVIA LIMA)

3- Riviera Paulista

Congestionamentos na estrada do M'Boi Mirim e na avenida Guarapiranga complicam a vida dos moradores da Riviera Paulista. Como a M'Boi é caminho para bairros como Jardim Ângela e Jardim Capela, o trânsito para nos horários de pico. Quem usa carro e ônibus demora de duas a três horas para se deslocar para o trabalho. Passageiros descem dos coletivos e terminam o trajeto a pé. Protestos pedindo faixas exclusivas e a ampliação da frota foram em vão.

(CÍNTIA GOMES)

4- Campo Limpo

Falta água aos fins de semana nos bairros Jardim Ana Maria, Rebouças, Ingá e Olinda, no Campo Limpo. O problema, que já dura pelo menos três anos, atinge parte da população. Em ruas como Canori, Alessandro Algardi e Caraíva, no Jardim Olinda, algumas casas têm abastecimento e outras não. Moradores são obrigados a armazenar água. "Atrapalha muito a vida. Até comida já deixei de fazer", diz Josenilda Pereira Costa, 42, que não tem caixa d'água.

(PATRÍCIA SILVA)

5- Capão Redondo

Demora para marcar consultas, número insuficiente de funcionários, atraso de médicos e filas são problemas da rede de saúde no Capão Redondo. Só se consegue agendar atendimento após um ou dois meses. Na UBS Paranapanema, uma das 17 da região, há só uma data predefinida no mês para marcação. No ano passado, os serviços chegaram a ficar suspensos por dois meses, por falta de médicos. Moradores pedem mais investimento na rede pública.

(DALTON ASSIS)

6- Jardim Maria do Carmo

No Jardim Maria do Carmo, região da Vila Sônia, é a criminalidade que assusta. Moradores fazem o que podem para se defender: no mês passado, uma mulher usou uma forma de bolo para render um bandido que invadiu a casa dela. Marido e filho seguraram o ladrão, e a filha chamou a polícia. No comércio, um caso grave recente foi o roubo a um supermercado da avenida Francisco Morato, com seis reféns. A comunidade pede policiamento preventivo.

(THIAGO BALTAZAR)

7- Jardim Damasceno

No Jardim Damasceno, na Brasilândia, só existem duas linhas de ônibus. Em horários de pico, na volta para o bairro, passageiros têm que aguardar a saída de três a quatro coletivos do terminal Vila Nova Cachoeirinha se quiserem viajar sentados. Os moradores pedem mais linhas, como uma direta para o centro. Para fazer o trajeto, é preciso ir até uma avenida na saída do bairro ou demorar meia hora para chegar ao terminal Cachoeirinha.

(CLEBER ARRUDA)

8- Jova Rural

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) põe até palhaços na avenida Paulista para ajudar os pedestres. Já no Jova Rural, só as ruas perto da avenida principal, Ari da Rocha Miranda, têm faixa de pedestres. Semáforos são poucos. Há apenas uma lombada oficial, com pintura e sinalização. Os moradores tomaram a iniciativa e construíram lombadas de concreto. No ano passado, a falta de placas causou um acidente entre dois ônibus.

(ALINE KÁTIA MELO)

9- Pirituba

Nas ruas residenciais de Pirituba, pedestres caminham pelo asfalto enquanto carros, vans e caminhões ficam estacionados sobre as calçadas, a qualquer hora do dia. Há obstáculos como passeios muito estreitos, buracos e rampas para entrada de garagens que geram desníveis de até 50 cm. Um morador teve de refazer sua calçada após denúncia anônima. Inconformado, ele pôs avisos no portão, xingando o reclamante desconhecido.

(RAFAEL BALAGO)

10- Perus

As vielas estreitas do Recanto dos Humildes, em Perus, dificultam a coleta de lixo. Em alguns pontos, o caminhão não passa e ela não acontece. Há pelo menos dois anos, os moradores deixam os sacos em frente à Escola Municipal Jairo de Almeida. A comunidade teme o risco de contaminação. Funcionários da escola reclamaram com a Subprefeitura de Perus, mas nada foi feito. Os alunos denunciaram o problema em um site (educart.multiply.com). (JÉSSICA MOREIRA)


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