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Mascarados - Ruy Castro

falando em folia

Rio volta a brincar o Carnaval

Retomando uma tradição de três séculos, os cariocas, hoje, respiram Carnaval pela cidade inteira

Bloco de rua, escola de samba, feijoada, show na praia, baile de clube -você escolhe. No Rio, nesta época, tudo isso tem a ver com Carnaval. Voltou a ter.

Finalmente superamos a ditadura das escolas de samba, que, de 1970 a 2000, nos condenou a assistir pela televisão à alegria dos que saíam nelas e, estes, cada vez mais, eram os gringos que recebiam a fantasia no hotel e só ouviam o samba quando chegavam à avenida. No que nos cansamos de bater palmas para eles, fomos espiar lá fora e redescobrimos a verdadeira passarela, da qual nunca devíamos ter saído: as ruas.

Foi tão sutil que quase não deu para perceber. Um dia, por volta do novo século, grupos de amigos começaram a se organizar em blocos e sair para desfilar. Ao fazer isso, receberam a adesão dos jovens do bairro. No ano seguinte, mandaram fazer camisetas e surgiram as primeiras fantasias. De repente, as adesões eram aos milhares e vindas de toda parte. Com isso, pelo gigantismo que assomou a coisa, a prefeitura precisou interferir, e os blocos agora têm de pedir licença para desfilar. Não importa o tamanho -desde os tipo família, que vão de 10 ou 20 mil pessoas, aos gigantes como o Simpatia É Quase Amor e o Suvaco do Cristo, com suas centenas de milhares, e o Bola Preta, que pode chegar a 2 milhões neste Carnaval.

Retomando uma tradição de três séculos, o Rio, hoje, respira Carnaval pela cidade inteira. Bebe-se, come-se, dança-se, canta-se e beija-se como nunca nos últimos tempos. E o verbo que melhor define tudo isso também voltou: brinca-se o Carnaval.


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