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Thales de Menezes
No sofá
Um sujeito que passa a noite vendo outros se esfregando não é um campeão de autoestima
Assistir ao Carnaval na TV é esporte que pode ser praticado em duas modalidades: "desfile" e "baile".
A primeira é mais consagrada. Toda família tem vários adeptos dos fãs do desfile das escolas. São pessoas que conseguem virar a madrugada vendo a câmera da Globo dando rasante no sambódromo sem ficar tontas.
Há quem se dedique à modalidade "baile", mas parece ser coisa de quem é tarado ou desajustado social. Afinal, um sujeito que passa a noite em casa vendo os outros dançando e se esfregando num salão não pode ser um campeão de autoestima.
Tudo bem, o lance deve ser mesmo voyeurismo. Mas, em tempos de internet como canal de toda e qualquer preferência sexual, vale a pena passar horas diante da TV para ver umas garotas de fio dental em cima das mesas?
Para esses, o melhor é mesmo ir até lá e participar da coisa de um modo palpável.
"Palpável" quer dizer agarrar alguém, não é ficar no salão postando no Twitter.
