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Paulistano 'se muda' para fugir dos blocos

Moradores reclamam de barulho e sujeira

REGIANE TEIXEIRA DE SÃO PAULO

O médico Felipe Savioli, 32, não viajou no Carnaval, mas teve de arrumar as malas. Morador da praça Benedito Calixto, em Pinheiros, na zona oeste, ele está desde ontem na casa da sua mãe no Jardim Paulistano, onde fica até a Quarta-Feira de Cinzas.

A mudança temporária passou a ser uma opção para moradores que desejam fugir do barulho e da multidão em bairros com desfiles. Hoje, Pinheiros recebe ao menos dois grupos na Benedito Calixto: Jegue Elétrico, às 18h30, e Vai Quem Quer, às 20h.

"No ano passado não consegui dormir por quatro dias", conta o médico. Ele fotografou a sujeira e os sinais de depredação nas ruas e levou os registros ao Ministério Público e à Subprefeitura de Pinheiros pedindo uma solução. "Não adiantou nada", disse.

Moradora do mesmo prédio, a economista Ana Luisa Buchain, 30, gastou R$ 5.000 para reformar seu carro, depredado no ano passado. "Chutaram o vidro traseiro e amassaram todo o carro", lembra ela, que neste ano passa o Carnaval com parentes no Alto de Pinheiros, na região oeste de São Paulo.

O administrador Leonardo Pavam, 26, mora na rua Fidalga, na Vila Madalena, e foi para a casa da sua mãe, em Cotia, na Grande São Paulo. Ele foi um dos cerca de 50 moradores que se reuniram na Subprefeitura de Pinheiros para reclamar e pedir mudanças em relação aos blocos.

Na ocasião, o subprefeito, Angelo Filardo, afirmou que tomará providências para o Carnaval de 2014.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que monitora as ruas por onde passam desfiles dos 23 blocos e bandas que estão no cadastro oficial. Nenhum grupo que desfila em Pinheiros e na Vila Madalena, no entanto, está cadastrado.

Sem o monitoramento, a melhor opção para os motoristas é evitar a região.

Para José Vieira, 37, do Vai Quem Quer, que desfila há 33 anos, o Carnaval é uma reunião pacífica que não requer autorização. "Mas isso não exime esses movimentos de um mínimo de organização."


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