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Fora de hora

Clássico às vésperas da Libertadores irrita São Paulo e Corinthians, e federação cogita mudança no formato

LUCAS REIS MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

São Paulo e Corinthians se enfrentam hoje no Morumbi, às 16h, para tentar pôr fim à sequência de clássicos modorrentos que têm feito bocejar os torcedores nesta primeira fase do Paulista.

Nos últimos três encontros entre os grandes times de São Paulo, nenhum gol e pouca gente nas arquibancadas geraram uma avalanche de críticas ao formato do torneio.

Então a federação paulista, enfim, admitiu: vai alterar o regulamento da competição em 2014 por causa do calendário apertado pela Copa do Mundo. A entidade deve adotar um novo formato para as temporadas seguintes, disse à Folha Marco Polo Del Nero, chefe do futebol paulista e vice-presidente da CBF.

"Mudanças estão sendo estudadas e alguma coisa será feita", afirmou o cartola. "Já para 2014, por causa da Copa, com certeza. Mas nós precisamos de propostas. Quem tiver propostas que nos diga. Não temos a cabeça fechada."

A principal crítica ao atual formato, adotado em 2007 e modificado em 2011 (oito, e não mais quatro clubes passaram às finais), é a longa caminhada da primeira fase.

São 19 rodadas para um jogo isolado nas quartas e outro nas semifinais. A única vantagem para quem fizer a melhor campanha na fase inicial é decidir em seu estádio.

No ano passado, o Corinthians foi líder da primeira fase e acabou eliminado pela Ponte Preta, em uma tarde infeliz do goleiro Júlio César.

Del Nero adiantou que não cogita diminuir a quantidade de clubes, como alguns sugerem. "Nós temos que pensar nos interesses dos clubes filiados. Não dá para diminuir a grandeza do Estado de São Paulo. Não podemos prejudicar alguns [clubes] para beneficiar outros", afirmou.

Del Nero preside a FPF desde 2003. Em 2010, foi aclamado para mais quatro anos de mandato. São os presidentes dos clubes filiados que têm direito a voto na eleição.

A Folha apurou que o sistema de pontos corridos, utilizado em 2005 e 2006, também está praticamente descartado pelos cartolas. E que uma das principais preocupações é que todos os seis grandes clássicos do Estado ocorram a cada edição.

"A competitividade inexiste. Na atual fórmula classificam-se muitos e não desperta o interesse do público", diz João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente do São Paulo, que elenca as cotas de TV e o aspecto histórico como pontos positivos do torneio, famoso pela constante alternância de seu regulamento e por fórmulas esdrúxulas.

A federação desenhou a tabela deste ano de tal maneira que São Paulo e Corinthians, que têm polarizado as disputas na capital, fariam o último clássico da primeira fase. E irritou profundamente ambos, que têm partidas decisivas da Libertadores fora de casa nesta semana.

"É preciso ter datas suficientes para remanejar os jogos", disse o corintiano Tite, crítico do atual Estadual. "Não acho o formato ideal."

Não é a primeira vez nesta edição que Corinthians e São Paulo têm clássicos às vésperas da Libertadores -ambos não a disputam desde os dias 13 e 14, respectivamente.

"Clássico é um campeonato à parte, mas este é um momento inoportuno aos dois clubes", afirmou Tite.


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