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Juca Kfouri

A dupla Ro-Ro pirou

Romário ainda se ilude, apesar de agir bem. E Ronaldo Fenômeno não engana mais ninguém

O COMPROMISSO, assumido na última coluna, era o de falar sobre como os portugueses veem Felipão sete anos depois de ele ter comandado as campanhas lusas que redundaram no vice-campeonato da Eurocopa, em 2004, e no quarto lugar na Copa da Alemanha, em 2006.

A colocação no Mundial é mais valorizada que a na Euro, porque a derrota para a Grécia continua entalada.

Já as "velhinhas", como dito por um torcedor que não perdoa o técnico, permanecem mantendo a cotação dele nas alturas, a quem atribuem o resgaste do amor próprio do povo português.

Mas não dá para ir fundo nesta complexa relação depois de tudo, nesses últimos dias, que cercou a dupla Romário e Ronaldo -que foi fabulosa sem quase nunca ter sido.

Porque o hoje deputado, que demorou a se dar conta de quem é a triste figura de Ricardo Teixeira e se deixou enganar por curto período pela patética máscara de José Maria Marin, agora se ilude com Andres Sanchez, que tem tudo para ser mais do mesmo, porque fruto da podre estrutura de poder em nosso futebol.

Negar méritos a Sanchez na ressurreição corintiana é injusto, como é ingênuo esquecer o quanto Lula tem a ver com esta.

Romário está correto ao apontar Marco Polo Del Nero como o bruxo da vez, mas erra ao imaginar que Sanchez possa ser a solução para a CBF.

Incomparavelmente pior tem sido a atuação de Ronaldo.

Depois de se deixar usar por Teixeira no COL, e permanecer no papel com Marin, o garoto-propaganda de bebida alcoólica e explorador da imagem de Neymar, além de intermediário na venda de assentos para estádio da Copa do Mundo que o tem como representante, eis que será também comentarista de TV.

Parece que o conflito de interesses foi inventado em sua homenagem.

O comentarista, que não poderá criticar o eventual desabamento da cobertura de um desses estádios superfaturados, e terminados às pressas, aparecerá no intervalo dos jogos, em que Neymar deverá ser preservado, para vender cerveja.

Porque Ronaldo agora é do COL, da Ambev, da Nine e da Globo e parece ter desistido de ir passar uma temporada em Londres para estudar, como anunciara -para alívio da rainha que correria o risco de perder o trono.

Como conciliar isso tudo?

Como seria melhor se houvesse uma máquina do tempo e a dupla Ro-Ro pudesse voltar a jogar -para ajudar o Palmeiras a golear o Mirassol.

De quebra, Sanchez poderia rever suas posições e não se aliar ao mafioso Boris Berezowsky, da MSI, assim como evitaria seus parceiros bicheiros em Parque São Jorge.

E Romário poderia pensar melhor para não dizer o que disse sobre o ex-cartola corintiano, cúmplice, lembre-se, de Teixeira na CBF.

Já o Felipão ganharia dos gregos e voltaria ao Brasil como o verdadeiro dom Sebastião.


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