Folha de S.Paulo

Lúcio marca e agora evita mais pressão sobre Ney

DE SÃO PAULO

Botafogo 1
Dimba, aos 47 min do 2º tempo

São Paulo 3
Lúcio, aos 29 min; Aloísio, aos 35 min, e Ademilson, aos 40 min do 2º tempo

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Lúcio partiu em disparada, todo sorridente, para abraçar seus companheiros no banco de reservas depois de marcar seu primeiro gol pelo São Paulo. Entre tantas pessoas, fez questão de comemorar com o técnico Ney Franco.

Vinte e quatro dias após reclamar do treinador por ter sido substituído, ser punido com a ida para o banco de reservas e escancarar uma crise de relacionamento no grupo, o zagueiro impediu que o clima pesado no clube aumentasse mais um pouco.

O gol de falta do defensor abriu caminho para uma vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo que pode ajudar a diminuir as incertezas na equipe.

O time sofre com a pressão da torcida e da proximidade de uma eliminação ainda na fase de grupos da Libertadores. Derrotado pelo Strongest, na quinta-feira, o São Paulo viu anteontem sua maior organizada fazer um protesto contra jogadores e diretoria.

Isso apesar da grande campanha da equipe no Paulista. O time está a dois pontos de assegurar a primeira posição na fase classificatória do Estadual. E tem mais três partidas pela frente.

A situação boa na tabela do Paulista fez Ney levar apenas um dos 11 titulares para Ribeirão Preto, o volante Maicon, que começou no banco, entrou na etapa final e teve de sair por lesão muscular.

A opção pelos reservas deu a Lúcio a oportunidade de retornar à equipe. Mas sem a braçadeira de capitão que ele costumava utilizar nas partidas sem o goleiro Rogério.

Só que o volante Fabrício, que ficou com o posto, também mostrou revolta com o treinador ao ser tirado de campo durante o segundo tempo na noite de ontem.

Apesar do placar confortável, o São Paulo sofreu para bater o Botafogo. Com um homem a mais desde os 21 min do primeiro tempo (as duas equipes tiveram um jogador expulso na etapa final), o time pouco fez no ataque.

Foi preciso uma bomba de Lúcio, já capitão após a saída de Fabrício, em uma cobrança de falta de longe e uma falha do goleiro Rafael para o primeiro gol sair.

Aí, a resistência do Botafogo desabou. Aloísio fez um. Ademilson, tabelando com um rival, marcou outro. E havia espaço de sobra para mais gols. Mas quem marcou foi o Botafogo, com Dimba.