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Entidade boliviana se une à Gaviões em protesto pelos 12

CORINTHIANS
Federação de residentes vai se reunir na porta do Pacaembu

LUCAS REIS DE SÃO PAULO

Uma entidade de bolivianos residentes em São Paulo vai se unir à Gaviões da Fiel e realizar uma manifestação em frente ao Pacaembu, amanhã, para homenagear o estudante Kevin Beltrán Espada e pedir a libertação dos corintianos presos em Oruro.

A mobilização ocorrerá antes e durante Corinthians x San José, reedição do jogo de 20 de fevereiro, em Oruro, onde morreu Kevin, 14, alvejado por um sinalizador atirado pela torcida alvinegra.

"Há 300 mil bolivianos em São Paulo, e uma parte interessante é de corintianos. Somos solidários à família de Kevin, lamentamos o que aconteceu, mas não se pode deixar prováveis inocentes presos", disse o médico Jorge Villegas Pantoja, presidente da Federação dos Residentes Bolivianos no Brasil.

Parentes de bolivianos que moram na capital paulista temem que o imbróglio provoque retaliações por parte dos brasileiros, segundo relatos ouvidos pela Folha em Oruro e Santa Cruz de la Sierra.

"Pensamos nisso também. Mas, sinceramente, se houver retaliações, será algo pontual, estatisticamente seria algo pequeno", afirmou o presidente da entidade, que mora no Brasil desde 1977.

A ideia original era integrar a torcida do San José com os corintianos dentro do Pacaembu, sugestão logo vetada pelos bolivianos. "O que mais me preocupa é que se faça justiça, que as coisas andem de maneira eficiente e racional no Judiciário boliviano."

Segundo Pantoja, questões políticas podem atrapalhar o andamento do processo dos 12 corintianos presos.

"Há um problema de relações internacionais com referência a um senador de oposição que pediu asilo diplomático no Brasil. É uma impressão que não acredito que seja verdadeira, mas não é absolutamente incorreta", afirmou.

"Parece-me que os canais diplomáticos e políticos não estão funcionando. Não estamos pregando a impunidade, mas, se há culpados, são um ou dois [torcedores], e não 12", disse o médico, que não revela o clube do coração e se diz crítico ao consulado "por não se aproximar da comunidade pobre boliviana" e ao governo de Evo Morales.

O Corinthians não deve homenagear Kevin antes do jogo, e não haverá repasse da renda à família do garoto -há em andamento uma negociação sobre um valor que será doado aos pais da vítima.

Colaborou MARTÍN FERNANDEZ, enviado especial a Oruro


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