Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Após 50 dias, presos voltam ao palco da tragédia

DO ENVIADO A ORURO

Depois de quase 50 dias, os 12 corintianos presos em Oruro acusados da morte de Kevin Beltrán Espada, voltaram ao palco da tragédia.

O estudante morreu em 20 de fevereiro, ao ser atingido por um sinalizador disparado da torcida do Corinthians no jogo contra o San José.

Desde então, há 12 corintianos detidos na penitenciária São Pedro, onde cabem 200 presos e há 1.500.

Perto das 15h de ontem, deixaram a cadeia pela porta da frente, algemados, alguns espremendo os olhos por causa do sol forte, outros com óculos escuros.

Separados em grupos de seis, subiram na caçamba de duas camionetes da polícia boliviana, que carregam nas portas a inscrição "a proteção do povo é a nossa lei".

Estava marcada para ontem uma reconstituição do crime, mas o que se viu foi mais uma capítulo da confusa e controversa prisão dos torcedores brasileiros.

Eles foram levados até a sede da Promotoria de Oruro, mas não desceram dos carros. Depois, seguiram até o estádio Jesús Bermúdez, onde ocorreu a tragédia.

Lá, esperaram por quase uma hora até a chegada dos advogados de defesa, dos promotores e de peritos que iriam trabalhar na reconstituição do crime.

Após todo esse tempo, decidiu-se pelo adiamento. Houve divergências entre os próprios advogados dos presos sobre o que ocorreu.

Segundo Sergio Marques, advogado brasileiro, foi uma decisão dele, porque não se poderia fazer a reconstituição sem que todas as provas tivessem sido analisadas.

De acordo com Miguel Blancourt, advogado boliviano dos 12 presos, a reconstituição não aconteceu pois peritos que vinham de La Paz não chegaram a tempo.

"Palhaçada", disse um dos presos. Orientados a não darem declarações, repetiram as frases "somos inocentes" e "somos cidadãos brasileiros". (MARTÍN FERNANDEZ)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página