Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Zaga corintiana repete 2012 e vira trunfo no mata-mata
LIBERTADORES
Time tem a melhor defesa da fase de grupos do torneio
Tite treinava cruzamentos na área na véspera do jogo contra o San José, no CT do clube, e um cartola do Corinthians, à beira do gramado, falava sobre o zagueiro Dedé, que pode reforçar o time.
"Não é uma posição que estamos carentes neste momento, prioritariamente há outros setores. Claro que qualquer time gostaria de ter um jogador como Dedé."
A frase é de Duílio Monteiro Alves, diretor-adjunto de futebol do clube. A julgar pela campanha corintiana nesta Libertadores, a defesa, de fato, hoje não é problema.
A fase de grupos ainda não terminou, mas o Corinthians, a exemplo da temporada passada, é dono do melhor sistema defensivo. Já fez seus seis jogos e sofreu só dois gols (0,33 por partida). Nenhuma equipe tem --nem terá-- melhor desempenho nesta fase.
No ano passado, quando acabou campeão, o Corinthians também sofreu apenas dois gols na fase de grupos. Sofreria mais dois no mata- -mata e levantaria a taça.
"Acabamos de investir um bom dinheiro neste setor [zaga]. Se fossemos investir mais agora, provavelmente seria em outro", continuou Duílio, referindo-se a Gil, a contratação menos badalada desta temporada, mas provavelmente a mais eficaz.
Custou € 3,5 milhões (R$ 9 milhões) e em pouco tempo conquistou seu espaço. Em 2013, só Romarinho atuou tanto quanto ele: 19 jogos.
"Zagueiro em linha de quatro tem que ser jogador que empresta confiança à equipe, e ele [Gil] está emprestando confiança", declarou Tite, que conta com Ralf e Paulinho, a dupla de volantes.
Desde o ano passado, a zaga corintiana se transforma, mas não muda sua eficiência. Foi campeã da Libertadores com Leandro Castán e Chicão. Paulo André assumiu a vaga do primeiro, vendido ao exterior. Gil chegou e entrou no lugar de Chicão, que passou por cirurgia no começo do ano. E não saiu mais.
No Estadual, o bom desempenho se repete: tem a segunda melhor defesa (14 gols), atrás da Ponte Preta (13). O time é o que menos sofre chutes a gol por jogo (8,6 em média) e o que mais desarma (média de 112,6 por partida).
"A margem de erro no mata-mata é menor, o time vai ter que crescer", disse Tite.