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Edgard Alves

O desafio dos grandes eventos

Atentados com bombas, como na Maratona de Boston, ameaçam as competições esportivas

Diante das imagens do atentado ocorrido na altura da linha de chegada da Maratona de Boston, que resultou em três mortos e mais de uma centena de feridos, desponta uma leve apreensão com a aproximação da Copa das Confederações, da Copa-2014 e da Olimpíada-2016.

Será que o Brasil se prepara adequadamente para garantir a segurança nos eventos? Impossível responder. Como não sou especialista no assunto, resta confiar nas autoridades de plantão. Um consolo.

Um plano de segurança deve contemplar toda e qualquer hipótese de risco de insegurança, e muita inteligência. Se algum mínimo detalhe do esquema é revelado ou desprezado, certamente a segurança não é boa. Imagino que exibições de força, como sobrevoo de aviões e helicópteros e soldados e tanques enfeitando ruas, não resolvem nada, embora provoquem sensação de segurança.

Organizadores de grandes eventos esportivos tratam a questão da segurança com muito zelo. É área vital. O Brasil criou a Sesge (Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos), que funciona no âmbito do Ministério da Justiça, para coordenar as ações que envolvem as forças de segurança das esferas federal, estadual e municipal.

Aliás, essa integração entre as polícias é um aspecto positivo. Para os três eventos citados, a Sesge tem orçamento de R$ 1,17 bilhão.

As Forças Armadas investem outros R$ 700 milhões. Já ocorre intercâmbio e troca de informações com inúmeros países, especialmente com aqueles que viveram experiências semelhantes recentemente.

Ano passado, o esquema de segurança foi a pedra no sapato dos organizadores da Olimpíada de Londres, que não registrou incidentes.

Entretanto, a três dias da abertura dos Jogos, houve necessidade da mobilização de 1.200 soldados (outros 3.500 já estavam em ação) para reforçar o esquema de segurança no maior evento naquele país desde a Segunda Guerra Mundial.

A empresa privada que forneceria 10,4 mil seguranças não cumprira a promessa. Desde o anúncio, em 7 de julho de 2005, de que a cidade sediaria os Jogos em 2012, a segurança passou a ser o grande desafio de Londres, que sofrera uma série de ataques à sua rede de transporte público, com mortes.

Mas o pior dia da história dos Jogos Olímpicos, certamente, foi o sangrento 5 de setembro de Munique-1972, marcado pela ação armada do grupo terrorista Setembro Negro contra a delegação de Israel na Vila Olímpica. Saldo final: 17 mortos, 11 deles israelenses.

Vinte e quatro anos depois, a Olimpíada de Atlanta enfrentou um atentado com bomba no Centennial Olympic Park, que matou duas pessoas e feriu dezenas de outras. De lá pra cá, os Jogos vêm transcorrendo sem incidentes, sem dias tristes como os de Munique e Atlanta, e agora o da Maratona de Boston.


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