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Ressaca espanhola tem protesto e 'panos quentes'
COPA DOS CAMPEÕES
Real Madrid e Barcelona foram goleados na semifinal
Os dois gigantes do futebol espanhol sentiram o baque das goleadas impostas por times alemães nos confrontos de ida da semifinais da Copa dos Campeões da Europa.
Perto de serem eliminados do torneio continental, o Real Madrid enfrentou protestos dos sua torcedores e o Barcelona teve de ir à imprensa explicar como será seu futuro.
Derrotado por 4 a 1 pelo Borussia Dortmund anteontem, o time da capital foi recepcionado por gritos de "menos millones y más cojones" (menos milhões e mais colhões, em tradução livre do espanhol) no aeroporto de Münster, de onde partiu seu voo de volta à Espanha.
Segundo o diário "Marca", centenas de apoiadores foram protestar contra os jogadores do Real. O lateral direito Sergio Ramos e o atacante Gonzalo Higuaín, os atletas que mais se revoltaram, responderam às ofensas.
"Teremos que morrer no gramado. Os que forem a campo farão tudo o que for possível para vencer esta eliminatória", afirmou o goleiro Iker Casillas, afastado do time titular após desavenças com o técnico José Mourinho.
Para voltar à final depois de 11 anos, o Real precisa derrotar o Dortmund por 3 a 0 ou pelo menos quatro gols de diferença na próxima terça-feira. Um 4 a 1 leva a decisão para a prorrogação.
A missão do Barcelona é ainda mais complicada. Os catalães só irão à final se derrotarem o Bayern de Munique, na quarta, com no mínimo cinco tentos de vantagem.
Um novo 4 a 0, como o da última terça, mas desta vez favorável, leva a disputa para a prorrogação. Situação dramática, que fez o clube tentar apagar incêndios.
A possível contratação de Neymar na janela de transferências do meio do ano voltou mais uma vez à tona.
"O brasileiro nos interessa. Foi pedido por Guardiola e Tito [o antigo e o atual técnicos]. Neymar tem contrato com o Santos, e não temos certeza de que ele quer ir embora. Se tivéssemos, tentaríamos contratá-lo", disse o vice esportivo Josep Bartomeu.
Ele assegurou que Tito Vilanova continuará à frente do time na próxima temporada e que o elenco não passará por um profundo processo de reformulação. "Não imagino um Barça sem Messi, Xavi, Iniesta, Piqué, Busquets."