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'Sou pivô, negro e gay', revela atleta da NBA

BASQUETE
Jason Collins se torna o 1º jogador de uma das 4 principais ligas dos EUA a assumir ser homossexual

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O pivô Jason Collins, 34, jogador de basquete nas últimas 12 temporadas da NBA, tornou-se ontem o primeiro atleta em atividade em uma das quatro grandes ligas americanas a se declarar gay.

Ele escreveu um texto em primeira pessoa e será capa da próxima edição da revista "Sports Illustrated".

Nas ligas de futebol americano, beisebol, hóquei e basquete --as mais populares e que mais movimentam dinheiro nos EUA--, apenas atletas já aposentados haviam assumido a homossexualidade, como John Amaechi, da NBA, e Dave Kopay, da NFL (futebol americano).

Não faltou apoio à atitude de Collins. O ex-presidente Bill Clinton, que o chamou de "meu amigo", contou que o atleta estudou com sua filha, Chelsea, na universidade Stanford. Kobe Bryant disse estar orgulhoso de colega.

"Não sufoque quem você é pela ignorância dos outros", escreveu no Twitter.

O esporte é considerado um dos últimos bastiões da homofobia no país. Em março, o técnico do time de basquete da universidade Rutgers foi demitido após a divulgação de um vídeo de um treino em que ele chamava de "maricas" --entre outras ofensas-- os atletas que "não jogavam como homens".

"Não sigo o estereótipo do gay suave, sempre fui muito agressivo no esporte", provocou Collins em seu texto.

O pivô jogou por Boston Celtics e Washington Wizards nesta temporada. A partir de 1º de julho, é dono de seu passe e quer negociar novo contrato com um time da NBA.

Ele disse que saiu do armário primeiro para a tia, juíza na Califórnia, depois para o restante da família, seu irmão gêmeo (heterossexual) e outro colega famoso de faculdade, o deputado Joe Kennedy.

No mês passado, o jogador de futebol Robbie Rogers, 25, que já jogou pela seleção, também anunciou que é gay. Mas disse que estava pendurando as chuteiras --posição que estaria reconsiderando, segundo o "New York Times".

No início do mês, o astro da NFL Brendon Ayanbadejo disse a Anderson Cooper, na CNN, que quatro atletas da liga pensavam em "sair do armário" juntos. Heterossexual, ele virou porta-voz da campanha anti-homofobia. Na mesma semana, a NHL (hóquei) anunciou uma campanha contra o preconceito.

Para a ex-tenista Martina Navratilova, que assumiu ser lésbica em 1981, "as coisas andavam devagar demais no esporte" e "é doce ver um atleta assumir o que é". Ela creditou a mudança ao apoio de Barack Obama ao casamento gay. "Agora anti-gays precisam ficar no armário."


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