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Cortes, escambo e blindagem marcam gestão Nobre
PALMEIRAS
Cartola, que completou ontem cem dias de clube, reduziu gastos e fez pacto contra vazamento de informações
Corte radical de gastos, escambo de jogadores e blindagem além dos limites do vestiário marcaram os cem dias da gestão Paulo Nobre no Palmeiras, completados ontem.
O cartola, que assumiu dizendo que o "maior adversário do clube é o próprio Palmeiras", destinou os parcos recursos para contratar "nomes de peso" para a diretoria e abdicou de gastar para ter um time mais competitivo.
Com a bandeira da profissionalização, buscou no mercado Marcelo Giannubilo (diretor de marketing), ex-Fluminense/Unimed, e Luciano Paciello (financeiro), do Boston Group, ambos remunerados como executivos.
No time, Nobre abriu mão de jogadores caros como Riquelme, alvo da gestão Arnaldo Tirone, e abusou das trocas, como a de Barcos por quatro atletas do Grêmio, e dos empréstimos, como o de Kléber, para inchar o elenco.
Mas a mudança mais sentida foi a blindagem a jogadores e comissão técnica, expressa no apoio público a Valdivia, na manutenção de Gilson Kleina, e, principalmente, no combate ao vazamento de informações do clube.
O restrito grupo que participa das reuniões de diretoria tem um pacto de não relatar nada a jornalistas. À exceção do diretor-executivo José Carlos Brunoro, dirigentes só dão entrevistas com o aval da assessoria de imprensa.
FINANÇAS
Ao contrário do Flamengo, que divulgou a dívida de R$ 750 milhões do clube, o Palmeiras evitou ao máximo expor o tamanho de sua crise e só publicou o balanço de 2012 na data-limite --30 de abril.
O documento mostra que Nobre assumiu com R$ 25,9 milhões em direitos de imagem de jogadores atrasados e uma dívida de R$ 60,6 milhões de contratações.
"Toda quebra de paradigma é uma maratona. Demos os primeiros passos, o que é fundamental", disse Nobre, que busca um patrocinador, já que a Kia sai no dia 19.
