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Esporte

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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Sem pressão

O Paulistão desgasta, e os times chegam esfalfados à fase final. Não têm perna para fazer o melhor jogo

A entrada de Pato no lugar de Guererro explica um pouco do que Tite percebeu nos primeiros cinco meses deste ano. Ele queria Pato e Guerrero juntos. O peruano, mais tático, preencheria o espaço do meio de campo, como Emerson fez no segundo tempo contra o São Paulo. Mas o time nunca fica encorpado como ficava em 2012. Marca menos no campo de ataque, combate menos a origem das jogadas rivais.

Por isso, se Danilo não se recuperasse a tempo de jogar o clássico de ontem, jogaria Douglas.

O fato de Danilo estar machucado e de ser o que mais combate junto com Romarinho explica por que o Corinthians marcou menos por pressão.

O fato é que, pela tentativa de ter Pato e Guerrero juntos, o Corinthians usou poucas vezes neste ano seu time ideal. Aquele que morde e rouba a bola no campo ofensivo, não dá vida fácil aos zagueiros rivais, menos pela habilidade do ataque corintiano e mais pela dedicação para fungar no cangote dos rivais.

A marcação por pressão tornou o Corinthians um time especial. E essa característica desapareceu ontem, no Morumbi.

Pode ser pelo desgaste dos jogos sucessivos sem tempo para treinar. Pode ser pela condição física precária de alguns jogadores, como Danilo. Ontem, o meia jogou baleado. Se não atuasse, Douglas seria titular pela primeira vez desde a semifinal do Mundial, contra o Al Ahly. Tite percebeu que precisa de um organizador, que com Pato e Guerrero falta alguma coisa.

MARCAÇÃO PRESSÃO

Seja qual for o motivo, o fato é que o Corinthians morde um pouco menos no ataque. E o São Paulo, time que se forma com o gosto pela posse de bola, não tem jogadores capazes de misturar essa característica com o combate incansável aos zagueiros adversários.

O Barcelona com menos pressing é igual ao Corinthians de Parreira, versão 2002: "É igualzinho! Joguei contra eles em São José do Rio Preto, calor terrível, e eles tocando a bola. Irritava!", lembra Kaká.

É o São Paulo da semifinal de ontem. Toca a bola e, quando a perde, ninguém tenta recuperá-la. Não é a característica de Ganso e Luis Fabiano. Contra o Atlético, com Osvaldo e Aloísio, foi diferente.

Ontem, Osvaldo começou pela esquerda, Jadson pela direita. O camisa 10 mudou de lado quando Osvaldo saiu. No fundo, não mudou quase nada. Faltava pressionar.

No Corinthians, Tite começou com Emerson pela direita, como no segundo tempo da virada de 2 a 1, na fase de classificação. Por minutos, Emerson foi centroavante. Depois, posicionou-se atrás de Guerrero. Mudar posições não serviu para nada. Faltava dar o bote, roubar bolas no ataque.

O Paulistão desgasta demais e os times chegam esfalfados à fase que conta. Não têm perna para fazer o melhor jogo. O clássico de ontem deixou exatamente essa impressão.

DOR DE NEYMAR

Neymar jogou com proteção na coxa e levou entrada dura no início da partida contra o Mogi Mirim. Não fez um grande jogo, mas cobrou a falta do gol de empate. A dor tem a ver com o desempenho irregular. O desgaste dos compromissos fora de campo também. Mas vai à quinta final estadual seguida.

A FÚRIA DO GALO

O Atlético está na final do Mineiro. Não foi difícil bater o Tombense. Agora, a concentração é no jogo contra o São Paulo, na quarta. O Atlético nunca perdeu no Independência e não é batido como mandante desde agosto de 2011. Velocidade e jogo pelos lados são armas para manter a vantagem.


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