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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

O come quieto

Após meses, Paulinho jogou muito, e o Corinthians também. Não por coincidência

Paulinho é um jogador diferente de vários outros do futebol brasileiro. Muitos correm. Paulinho caminha. Repare como suas subidas para chegar de surpresa à grande área adversária começam com passadas largas, mas lentas.

Sai discretamente do lado de Ralf e aparece como quem não quer nada ao lado da marca do pênalti.

O gol que abriu o marcador contra o Santos só não foi assim porque começou numa cobrança de falta. Mas Paulinho mostrou sua característica em vários momentos do clássico de ontem. Depois de meses, jogou muito! Não por coincidência, o Corinthians jogou bem.

A atuação de Paulinho mudou a cara do Corinthians em comparação com os jogos contra São Paulo e Boca. Mas não foi apenas isso.

Guerrero, Romarinho e Danilo não deram sossego à saída de bola santista. Às vezes, o trabalho passa despercebido. Em vez de roubar no ataque, Tite vê sua equipe recuperar a bola num passe errado dos defensores santistas. Dá no mesmo. A pressão devolve o controle aos corintianos e responde à pergunta.

Por que Pato fica no banco se é mais talentoso do que qualquer outro titular? Porque combate menos.

O centroavante peruano tem em seu nome a explicação para seu futebol: é guerreiro. Disputa em cada passe de Edu Dracena ou Durval.

Tomou duas vezes no primeiro tempo, mas dificultou os adversários em todas.

O ANTÍDOTO

Para o Corinthians em dia de fúria, só há um antídoto. Paciência. Trocar passes curtos, tirar velocidade do jogo, exceto quando a bola chega a Neymar. No intervalo, Muricy trocou o lugar de seu melhor jogador. Em vez de centralizá-lo e fazê-lo brigar com Ralf, pôs Neymar na ponta esquerda. Boa mudança.

Na ponta, ou Neymar ficaria no mano a mano com Alessandro, ou Tite teria de prender Paulinho para ser o anjo da guarda do lateral. Paulinho continuou a criar, e Neymar teve mais espaço.

Aos 27 min do segundo tempo, Neymar só não empatou porque o zagueiro Gil, o melhor reforço de 2013, travou-o na pequena área. Na sobra, Cícero chutou na trave.

No minuto seguinte, Tite escalou Edenílson no lugar de Romarinho.

Assim, manteve Paulinho criando e definiu Edenílson como o guarda-costas de Alessandro.

Como prêmio pela alteração correta, demorou só um minuto para Paulo André fazer 2x0. Apesar do gol de Durval, do 2x1, a primeira decisão confirma que o Corinthians é melhor equipe do que o Santos.

A semana do segundo jogo pode recuperar fisicamente o melhor jogador do Brasil.

Se tiver condição física para levar em velocidade à defesa corintiana, Neymar pode ser tetracampeão paulista na semana que vem.

Vai ter de correr.

Porque o Corinthians de Paulinho caminha a passos largos para o troféu do Paulista.

MAIS UMA AULA

O Atlético deu outra aula, desta vez no Cruzeiro, e praticamente definiu o Mineiro. De novo, Ronaldinho jogou muito. Talvez a convocação da seleção faça mal a todos. O meia não mostrou nos últimos anos, de amarelo, a mesma qualidade. E um mês longe do Atlético pode diminuir o ímpeto do time.

VAI OU FICA?

Luis Alvaro confirma que o presidente em exercício do Santos, Odílio Rodrigues, está na Espanha com a família. Mas Luis Alvaro diz que é Neymar que decide se vai ou fica. Se estivesse trabalhando, faria o esforço para manter Neymar mais um ano. Mas sua saúde atrapalha e há um racha na diretoria.


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