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'NBA tem mais necessidades que o futebol'

BASQUETE Chefe da liga dos EUA no Brasil, filho do ex-presidente Collor critica estrutura das arenas

DE SÃO PAULO

"A NBA precisa mais do que o futebol. Entre as quatro linhas, o futebol no Brasil é maravilhoso, mas, se você olhar para trás [no estádio], não tem nada [de estrutura]."

É a justificativa do diretor-executivo do escritório da liga norte-americana no país, Arnon de Mello, 36, para o Rio receber a primeira partida da NBA no Brasil, neste ano.

Pelo mesmo motivo, o filho mais velho do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) não precisa quando, e se, São Paulo será palco de um jogo.

A partida entre o Washington Wizards, dos brasileiros Leandrinho e Nenê, e o Chicago Bulls está marcada para 12 de outubro na Arena Multiúso, na Barra da Tijuca.

"[A NBA] não é só esporte, é entretenimento também. Precisamos de uma arena onde a família possa ir. Não fui ainda à arena do Palmeiras, mas, pelo que andei vendo, pode ser uma opção. O estádio do Corinthians também", declara o dirigente.

"Não dá para mandar uma partida da NBA no Ibirapuera [em sua atual condição]."

Antes de comandar o escritório da NBA no Brasil, Arnon foi presidente do CSA, time de futebol de Alagoas.

A maior parte de sua experiência profissional se deu no cenário econômico. Trabalhou no banco de investimentos americano Lehman Brothers e no Barclays Capital.

"Há muita gente trabalhando na NBA cuja origem foi o mercado financeiro e não o esporte. Isso não é incomum", explica Arnon, convidado para assumir a posição pelo vice da NBA na América Latina, Philippe Moggio.

Para ele, pesou a favor de sua escolha o fato de ter morado por dez anos nos EUA.

"Acho que eles queriam alguém com vivência em ambas as realidades", diz.

Para assuntos mais ligados às competições, Arnon contará com o segundo nome indicado para o escritório: o ex-jogador Daniel Soares.

Uma das principais missões passadas para Arnon, que há seis meses está no cargo, é aumentar o número de fãs da NBA no Brasil.

Armado com o argumento de que houve número recorde de brasileiros na liga norte-americana na temporada passada -Tiago Splitter, Leandrinho, Anderson Varejão, Nenê, Scott Machado e Fab Melo-, o executivo conversa com representantes das TVs abertas brasileiras.

Facilitar o fluxo de brasileiros à NBA e à liga de desenvolvimento, a D-League, também está em sua agenda.

"Não vamos oferecer jogadores. Essa é tarefa dos agentes. Mas, se um clube da NBA ou da D-League nos consultar, podemos informar quem é esse jogador, dentro e fora das quadras, se é uma pessoa correta, o que é até mais valorizado pelas equipes", afirma Arnon. (EDUARDO OHATA)


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