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Mourinho cai após 3 anos e poucos títulos no Real
ESPANHOL
Treinador português tem o Chelsea como destino provável
Após três temporadas, acabou a turbulenta passagem do técnico português José Mourinho pelo Real Madrid.
Florentino Pérez, presidente do clube, anunciou ontem o fim do contrato, "de comum acordo". Mourinho dirige o time até o dia 1º de junho, quando termina mais um Campeonato Espanhol que ele perdeu para o Barcelona.
Em 2010, quando contratou o português, o objetivo do Real Madrid era tentar cortar o domínio do Barcelona de Guardiola, que ganhava um título atrás do outro.
A aposta fazia sentido: Mourinho acabara de ganhar a Copa dos Campeões com a Inter de Milão, superando o Barcelona na semifinal.
Desse ponto de vista, o projeto foi um fracasso. Nessas três temporadas, o Barcelona ganhou mais e melhores títulos que o Real de Mourinho.
Os catalães conquistaram duas vezes o Espanhol, uma Copa do Rei e, mais importante, a Copa dos Campeões (2011), além do Mundial. Mourinho faturou duas Copas do Rei, um Espanhol e uma Supercopa da Espanha.
A gota d'água, em termos de resultado, foi a atual temporada: eliminação para o Borussia Dortmund na Copa dos Campeões, 13 pontos atrás do Barcelona no Espanhol e revés na final da Copa do Rei para o Atlético de Madrid.
Todos os técnicos que passaram três anos no clube merengue conseguiram mais troféus do que José Mourinho.
E houve ainda todos os problemas de relacionamento.
Mourinho barrou o goleiro Casillas, um dos maiores ídolos da história do clube, e deu pouco espaço a investimentos caros, como Kaká.
Como revelou ontem o jornal "El País", Mourinho deixou até o rei Juan Carlos em situação constrangedora.
Na última sexta-feira, quando seu time perdeu a Copa do Rei para o Atlético, o português se recusou a subir ao palco para receber a medalha de vice-campeão.
Ao deparar-se com o auxiliar de Mourinho, Aitor Karanka, o rei perguntou ao presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar: "Dou a medalha a este?"
O destino mais provável de Mourinho é o Chelsea, onde trabalhou antes de dirigir a Inter de Milão. Nos três anos de Madrid, o português sempre repetiu que gostaria de um dia voltar a Londres.
Seu substituto mais provável é o italiano Carlo Ancelotti, de saída do francês PSG. Kaká, que trabalhou com ele no Milan, esfrega as mãos.
