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'Eu tiro do Pan de 87 a força contra o câncer', diz Oscar

BASQUETE Em recuperação, ex-jogador se programa para o Hall da Fama

EDUARDO OHATA DE SÃO PAULO

O título do Pan de 1987 é sempre lembrado pelo ex-jogador Oscar como sua principal conquista nas quadras. Agora, em sua luta contra um tumor no cérebro, que voltou a afligi-lo, Oscar também considera a vitória em Indianápolis como um tipo de elixir.

"Ali não acreditavam na gente e ganhamos aquele desafio no psicológico. Nós estávamos focados como precisávamos. E vou tirar daí [forças para lutar contra o câncer]", disse, ontem, Oscar.

Naquele jogo histórico, disputado no dia 23 de agosto de 1987, a seleção brasileira derrotou a favorita equipe americana, formada por jogadores universitários dos EUA.

"É imbatível [meu momento favorito]. É uma coisa tão bonita que aconteceu naquele dia que nem tenho palavras para descrever", definiu ele.

Submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro --sua segunda operação com a mesma finalidade desde 2011--, o ex-jogador vem se submetendo há dez dias a um tratamento de quimioterapia e radioterapia.

Estão previstas trinta sessões de radioterapia, de segunda a sexta-feira, e igual número de aplicações de quimioterapia, só que diárias.

Com fama de se emocionar facilmente, o ex-jogador e comentarista afirma que não chorou por causa da doença.

"Pode ser um efeito colateral, a minha mudança de comportamento. Lágrimas ajudam o tumor, então estou sempre feliz", disse ao tratar a doença como um rival.

"Ele [tumor] já saiu, não está mais lá e não vai voltar."

"O ruim do tratamento é que não gosto mais de refrigerante", lamentou Oscar, 55, ao acrescentar outra reação.

"Esse tumor pegou o cara errado. Vocês vão ver em 15 anos", brincou o ex-jogador, que viu dois de seus tios morrerem vitimados por câncer.

Oscar perdeu em fevereiro o pai, que em determinado momento também enfrentou um câncer. Mas recebeu ao menos uma boa notícia: ele foi informado que entrará para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete Amador, em setembro.


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