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Com a ajuda de um argentino, Tiago Splitter se firma como titular e pode ser o primeiro brasileiro a conquistar o título da NBA

ÉDER FANTONI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em sua terceira temporada na NBA, Tiago Splitter já alcançou algo muito além do que poderia imaginar.

Depois de um início difícil na liga norte-americana, o pivô ganhou a vaga de titular, melhorou o seu desempenho e, pela primeira vez na carreira, chegou à final do mais badalado campeonato de basquete do mundo.

É apenas o segundo brasileiro a atingir tal feito --Anderson Varejão já havia chegado à decisão, mas não como titular de sua equipe.

Nesta temporada, Splitter dobrou os minutos em quadra pelo San Antonio Spurs em relação a 2010/11, sua estreia --24,7 minutos por jogo.

Melhorou ainda nos lances livres, nos rebotes, nas assistências, nos roubos de bola e em pontos. E muito disso graças a um argentino.

Splitter, 28, disse à Folha que Manu Ginóbili foi espécie de mentor para ele nos EUA. Aos 35 anos, o ala, nos Spurs desde 2002, tem três títulos da NBA e forma com o armador Tony Parker e o ala/pivô Tim Duncan o famoso "Big Three" da NBA (os três grandes, em tradução livre).

"Ginóbili me ajudou na adaptação ao time. Tenho facilidade de jogar com ele. É um cara que tem a visão de jogo muito boa", afirmou.

Duncan foi outro jogador importante para o brasileiro pegar o ritmo de jogo. Os dois formam o garrafão titular dos Spurs desde a metade de dezembro, quando Splitter ganhou de vez a vaga de titular.

"Desde a época do locaute [greve dos patrões, em 2011] treinamos juntos. Nas férias também. É um cara que é exemplo", disse Splitter.

Mas até o brasileiro se tornar "um Duncan" é preciso tempo. Ou, como reconhece o próprio Splitter, é "muito difícil ficar na posição dele". O atleta de 37 anos, que joga pelos Spurs desde o início da carreira e tem quatro títulos da NBA, é considerado ícone em San Antonio, algo que o brasileiro almeja.

"Quero ser uma pessoa identificada dentro da cidade de San Antonio", afirmou.

Por outro lado, não coloca a chance de fazer história ao conquistar a NBA como objetivo pessoal. O adversário da final --Miami ou Indiana-- poderia ser definido após a conclusão desta edição.

"Eu quero estar feliz comigo mesmo e conseguir esse feito, mas não porque quero ser o primeiro brasileiro a ganhar o título. Acho isso um pouco individualista", disse.

Splitter foi o único jogador do Brasil com participação ativa nos playoffs --o país chegou a ter seis atletas na liga nesta temporada.

"Aconteceu de tudo. Acho que o grande culpado foram as lesões. Espero que [os brasileiros] possam voltar com tudo no ano que vem", disse.


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