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Livre de altos impostos, Monaco desagrada rivais

FRANCÊS
Clube gasta R$ 363 mi com reforços em 2 semanas; adversários entram com ação na Justiça

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

O mais jovem dos integrantes do luxuoso grupo dos novos-ricos do futebol europeu vem de um paraíso fiscal.

E exatamente por estar livre dos altos impostos não sabe bem qual será seu futuro.

Recém-promovido para a primeira divisão francesa, o Monaco, clube que torrou € 130 milhões (quase R$ 363 milhões) em reforços nas duas últimas semanas, está em guerra com os futuros rivais.

O motivo: a suposta concorrência desleal provocada pela tributação do principado onde está sua sede.

O clube monegasco pouco gasta com impostos. Apenas os salários de jogadores franceses são taxados. Estrangeiros estão isentos de impostos.

Enquanto isso, franceses têm de pagar 75% sobre salários anuais de jogadores que faturam a partir de € 1 milhão (R$ 2,8 milhões) graças ao superimposto implantado pelo presidente François Hollande para reduzir o impacto da crise econômica.

A discrepância levou a LFP, a liga dos clubes profissionais, a exigir que o Monaco transfira seu domicílio fiscal para uma cidade francesa e se adeque à taxação do país.

A pena para quem não tiver base na França até 1º de junho de 2014 será a exclusão do Campeonato Francês.

O Monaco nem cogita deixar o principado e também se nega a pagar os € 200 milhões (R$ 558 milhões) de um tipo de compensação fiscal sugerida pela federação francesa como acordo para o caso.

A Justiça francesa deve se posicionar sobre a obrigatoriedade da mudança do domicílio fiscal do clube alvirrubro no próximo dia 20.

"O clube é uma empresa privada, tem dono. Ninguém pode obrigá-lo a mudar para outro país. Se fosse assim, todas as empresas de Mônaco teriam de ir para a França", diz o advogado Marcos Motta, especialista em negócios internacionais no futebol.

O Monaco se tornou o clube que mais gastou neste início de janela de contratações na Europa, capaz até de contratar Radamel Falcao García, centroavante do Atlético de Madri desejado pelo mundo todo, graças ao dinheiro e aos bons relacionamentos do seu dono, Dmitri Ribolovlev.

Empresário russo dos setores de potássio e fertilizantes, com fortuna avaliada em US$ 9,1 bilhões (R$ 19,4 bilhões), o magnata comprou o clube em dezembro de 2011.

Por um ano e meio, gastou muito (para os padrões franceses). Mas só quando conseguiu retornar à primeira divisão, no mês passado, lançou o plano para colocar o time entre os grandes da Europa.


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