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Um toque

Artilheiro da era Felipão, Fred é pouco acionado pelos colegas e traça meta ousada de fazer gol em todos os jogos da Copa das Confederações

MARCEL RIZZO MARTÍN FERNANDEZ SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA

Fred faz mais em campo do que parece. O atacante, que enverga a camisa 9 da seleção, é o jogador que menos toca na bola, mas, quando o faz, é decisivo. Artilheiro da equipe nesta segunda passagem de Luiz Felipe Scolari pela seleção, ele já marcou quatro gols em cinco partidas.

"As coisas estão boas, mas podem melhorar", admitiu Fred, que estipulou um objetivo nada modesto para a Copa das Confederações: "Quero fazer gol em todos os jogos".

O centroavante é hoje o favorito para ocupar o posto também para a Copa. Caso se mantenha entre os 11 titulares, Fred, que defende o Fluminense, quebrará uma escrita que já dura seis Mundiais.

Desde a Copa de 1986, a seleção não tem um homem de área que atua no futebol do país. Careca, que jogava pelo São Paulo, foi o último. Depois dele, todos estavam na Europa: Luis Fabiano (Sevilla), Ronaldo (Real Madrid e Inter de Milão), Romário (Barcelona) e Careca (Napoli).

Mas Fred só conseguiu se firmar na seleção após Felipão assumir, no fim de 2012, o cargo de Mano Menezes.

Escanteado pelo ex-técnico, Fred o criticou publicamente e disse que só voltaria à seleção caso houvesse uma troca no comando.

Voltou a ser convocado, mas o ex-comandante, que também já havia testado Leandro Damião, Luis Fabiano, Pato e Borges, entre outros, desistiu de ter um homem de referência no ataque.

"Não me dava bem com ele [Mano], como já deixei público", afirmou ontem, em entrevista coletiva. "Mas nunca teve sacanagem." Mano negou ter problemas com o centroavante. "Fred é um jogador de opinião. Nunca houve desrespeito", disse em entrevista à Folha antes de ser demitido.

Resgatado por Felipão, atuou logo no jogo que marcou a volta do técnico ao time da CBF. Contra a Inglaterra, em Wembley, o treinador deu 45 minutos para os dois favoritos a vestir a 9 na Copa das Confederações.

Luis Fabiano passou em branco; Fred marcou e mandou uma bola na trave.

Nos amistosos ante Inglaterra e França, os últimos antes do torneio que começa no sábado, o atacante foi pouco procurado por seus companheiros --recebeu 14 bolas em cada partida. A média do restante do time é de 33.

Ainda assim, fez um gol e deu uma assistência. "Prefiro chutar meia vez e marcar a ter dez chances e não conseguir fazer gol."

Perto de completar 30 anos, Fred, que já atou pelo Lyon (França), não pensa em voltar a jogar na Europa.


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