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Imagina na copa...

Polícia reprime com violência protestos, e organização aumenta volume de música no estádio para disfarçar barulho de bombas

MÁRCIO FALCÃO MATHEUS LEITÃO FERNANDO MELLO DE BRASÍLIA

A polícia reprimiu com tiros de bala de borracha, bombas de efeito moral e gás pimenta uma manifestação antes de Brasil x Japão, ontem, em frente ao Mané Garrincha.

Pelo menos 29 pessoas (quatro policiais) ficaram feridas, segundo a PM sem gravidade, e 30 manifestantes (dez menores) foram detidos.

A cúpula da Segurança Pública do DF, que considerou um sucesso o esquema de segurança, confirmou três feridos com bala de borracha.

O confronto da polícia com cerca de 700 manifestantes que tomaram conta do acesso ao estádio começou após cinco horas de protesto pela via central de Brasília.

A manifestação tinha como objetivo criticar as obras da Copa e apoiar o movimento do passe livre em São Paulo. Mas se juntaram a eles punks, indígenas, professores e sem-teto.

A PM não conseguiu impedir que os manifestantes se aproximassem da arena e agiu quando passaram a hostilizar torcedores na fila, chamando-os de "vendidos" e jogando latas de refrigerante.

Os policiais do Bope e da Cavalaria tentaram afastar os militantes do local.

Quando um dos agentes foi atingido com água no rosto, disparou spray de pimenta, o que provocou uma sequência de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, balas de borracha e prisões.

Os confrontos ocorreram quando faltava pouco mais de uma hora para o início da cerimônia de abertura da Copa e alguns torcedores ficaram no meio dos embates. Os policiais conseguiram dispersar parte do grupo.

Dentro do estádio, a organização aumentou o som da música para minimizar o barulho das bombas. No alto-falante, o locutor parabenizava a PM e afirmava que tudo estava sob controle.

Os manifestantes, porém, voltaram a se reunir ao lado do estudante Gabriel Germano, que foi atingido por uma bala de borracha na perna e feriu o rosto ao cair. Ele diz que estava de costas para a tropa e com as mãos levantadas quando foi atingido.

"O policial me chamou de pivete e disse que era para correr. Quando comecei, levei o tiro", disse Germano.


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