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Para a torcida

Jogadores e Felipão apoiam atos populares e buscam reaproximar torcedores do time

AGUIRRE TALENTO DE FORTALEZA MARCEL RIZZO MARTÍN FERNANDEZ SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A FORTALEZA

Na véspera de um jogo decisivo contra o México pela Copa das Confederações, a seleção brasileira tomou posição fora de campo. Em meio a onda de atos pelo país, técnico e jogadores deram ontem apoio aos manifestantes, que, entre outras reivindicações, protestam contra os gastos com a Copa do Mundo.

"Tomara que [as manifestações] sejam pacíficas, democráticas. É o que nós queremos", afirmou o técnico Luiz Felipe Scolari ontem.

Hoje, no jogo no Castelão, em Fortaleza, grupos planejam protestos dentro e fora do estádio --há até quem defenda que a torcida cante o hino de costas para o campo.

O movimento "Fortaleza Apavorada", articulado por meio da internet para criticar o aumento da violência na capital cearense, pediu aos torcedores que fossem ao jogo vestidos de preto.

O apoio de Felipão aos movimentos foi amplificado com as falas de dois de seus titulares na manhã de ontem.

"No meu caso, que vim de baixo, bate um pouco de vontade [de estar na rua]", disse Hulk, atacante que é comumente vaiado pela torcida. "A gente vê que eles têm razão de estar ali, temos que ouvir o que eles querem."

O zagueiro David Luiz também defendeu as manifestações. "Eu, que moro fora [na Inglaterra], sei que o Brasil pode ser um país melhor."

O lateral Daniel Alves e o zagueiro Dante, pelo microblog Twitter, também defenderam os protestos. Felipão afirmou que seus atletas "têm liberdade para opinar sobre qualquer assunto".

Ontem, CBF e Fifa também apoiaram as manifestações, desde que sejam pacíficas. "A manifestação sem violência tem que ser respeitada. Isso é normal numa democracia", disse José Maria Marin, presidente da CBF e do COL (comitê que organiza a Copa).

As declarações vão ao encontro da filosofia da CBF, que busca reaproximar a torcida do time, que vinha sendo vaiado nos jogos no Brasil --rotina quebrada no sábado, quando a equipe bateu o Japão por 3 a 0 na estreia da Copa das Confederações, em Brasília.

A meta de reconquistar os torcedores foi definida quando Felipão e Carlos Alberto Parreira, os últimos campeões mundiais, foram contratados para dirigir o time na campanha para o hexacampeonato.

Na segunda-feira, o treinador deu clara demonstração de que busca o apoio popular e, contrariando orientação da Fifa, liberou a entrada de torcedores no fim do treino. "A seleção é do povo."

Enquanto afaga torcedores agora, Felipão já projeta um time mais fechado em 2014. "Para o Mundial, precisaremos de mais privacidade, senão perdemos antes de jogar."


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