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PF investiga Atlético-MG por suposta fraude

FUTEBOL Mineiros teriam usado dinheiro obtido via Lei de Incentivo ao Esporte em contratação irregular

EDUARDO OHATA PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

Time sensação do país, o Atlético-MG é investigado pela Polícia Federal por suspeita de irregularidade na utilização de verba obtida pela Lei de Incentivo ao Esporte.

A PF de Minas apura denúncias de que o clube teria feito contratação irregular para compra de equipamentos de musculação em 2009, já durante a gestão do atual presidente, Alexandre Kalil.

O inquérito já teve desdobramentos. O Ministério do Esporte impediu o clube de requisitar benefícios por intermédio da lei de incentivo.

Em 2007, o Ministério do Esporte aprovou projeto solicitado pelo Atlético, então presidido por Ziza Valadares, e pelo qual captou R$ 5 milhões com BMG, Fiat e Cemig.

Do repasse, o clube teria usado quase R$ 4 milhões entre 2007 e o fim de 2008. Sob pretexto de modernizar seu departamento profissional abriu, à época, concorrência para fornecimento de equipamentos de musculação.

O clube teria descartado orçamentos mais baratos apresentados pelas tradicionais Life Fitness e Reebok e preferido proposta da Áquila Fitness, que mostrou orçamento de R$ 510,3 mil.

Também uma empresa que nem teria participado da licitação, a Technofitness, emitiu duas notas fiscais de venda ao clube e foi paga.

O valor apresentado no orçamento da Áquila, de acordo com a denúncia, foi "pago" com cheques da conta aberta pelo ministério no BB (que é procedimento padrão) em dezembro de 2007 --um de R$ 70 mil, nominal à Áquila, e um outro de R$ 440 mil, destinado à Technofitness.

As notas emitidas pela Technofitness são quase sequenciais, de número 1 e 3, e no documento consta um endereço diferente do comunicado no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

Enquanto a investigação está em andamento, a Coordenação Geral de Prestação de Contas do Ministério do Esporte, de forma preventiva, bloqueou o clube para apresentação de projetos por meio de lei de incentivo fiscal.

Neste ano, Kalil ganhou notoriedade ao se aliar à cúpula da CBF e atacar a pasta do Esporte. Alfinetou o ministro Aldo Rebelo ao afirmar que quem está à frente do ministério "não é do ramo".

Em campo, o Atlético passa por bom momento. O campeão mineiro tem atraído atenções pela boa campanha na Libertadores, pela qual pega o Newell's Old Boys, em julho.


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