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Caldeirão mineiro

Contra o Uruguai, seleção reencontra o Mineirão, palco da última vaia, temendo onda de protestos que tomou as ruas de Belo Horizonte

DOS ENVIADOS A BELO HORIZONTE DE BELO HORIZONTE DO COLUNISTA DA FOLHA

A seleção brasileira decide hoje uma vaga na final da Copa das Confederações contra o Uruguai, às 16h, em Belo Horizonte, cidade onde o time levou a última grande vaia e que vive sob forte tensão nos últimos dias em razão de uma onda de protestos.

Com novas manifestações previstas para hoje, a prefeitura decretou feriado na cidade e a polícia reforçou a segurança nas ruas, nos acessos ao Mineirão e nos hotéis que abrigam as seleções.

A Fifa, preocupada com os protestos --um dos alvos são os gastos com a Copa--, retirou a identificação de seus veículos e aumentou a proteção ao seu presidente, Joseph Blatter, que chegará hoje à cidade e depois do jogo irá para Fortaleza. A entidade ainda cancelou evento previsto para hoje na prefeitura.

No sábado, confrontos entre manifestantes e policiais deixaram 37 feridos. A PM, que elevou em 55% o número de policiais nas ruas, dá "como certo" que haverá novos confrontos hoje e teme que eles impeçam o acesso de torcedores ao Mineirão.

O atacante Fred, ídolo de dois clubes mineiros (América e Cruzeiro), se disse preocupado com a situação.

"A previsão é de manifestação bem forte. Pedimos ao povo que esteja unido com a seleção e faça um canto só para darmos essa alegria pelo menos nos 90 minutos do jogo", disse.

Além da previsão de um cenário conflagrado fora do Mineirão, dentro dele há uma outra preocupação: foi lá que o time de Luiz Felipe Scolari recebeu vaias em abril quando atuou mal e empatou com o Chile (2 a 2). Nem Neymar foi poupado naquela noite.

Por isso Felipão fez um apelo. "Espero que a torcida mineira faça a diferença como as outras fizeram e nos ajude a chegar até a final."

Até agora, na Copa das Confederações, a seleção recebeu aplausos da torcida por onde passou, em Brasília, Fortaleza e Salvador.

Com três jogadores do Atlético-MG no banco (Jô, Réver e Bernard) e o maior ídolo atual do futebol mineiro fora do time (Ronaldinho), pode haver pressão da torcida caso o time vá mal.

"Sabemos que aqui há chance de a torcida vaiar com cinco minutos. Esperamos que não, mas existe o risco", disse o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira.

Outro ponto que ameaça a paz é a alta expectativa da torcida com a partida, já que até agora a cidade só recebeu jogos secundários no torneio.

Depois de um modesto Nigéria x Taiti e de um Japão x México que nada valia, os mineiros assistirão a um Brasil que vive lua de mel com a torcida. ((MARCEL RIZZO, MARTÍN FERNANDEZ, SÉRGIO RANGEL, PAULO PEIXOTO E PAULO VINICÍUS COELHO)


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