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Seleção brasileira ainda está sendo formada, diz Falcão

Para ex-volante do Brasil, confiança da equipe pode ser decisiva na final da Copa das Confederações, hoje

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Na última vitória do Brasil sobre a Espanha, Paulo Roberto Falcão estava em campo. No último triunfo europeu, o ex-volante ficava sentado no banco de reservas.

Jogador no 1 a 0 da Copa-86 e técnico no 0 a 3 em amistoso de 1990, ele conversou com a Folha sobre o duelo final da Copa das Confederações.

Apesar de encher de elogios a Espanha, Falcão afirma não ver a seleção como espelho do Brasil de 1982, ao contrário do que adoram dizer os espanhóis.

Folha - Como você compara as seleções da Espanha de 1986, 1990 e a atual?

Falcão - Não tenho dúvidas de que a de hoje é a mais forte. A Espanha de 1986 era muito boa, mas tinha dificuldade na hora da decisão. A Espanha dos últimos tempos não, aprendeu a chegar. O amistoso de 1990 foi complicado: eles tinham acabado de sair do Mundial, tinham uma base montada. E nós éramos uma seleção renovada. O acordo que eu tinha com a CBF era formar uma equipe só com jogadores que atuavam no Brasil para a Copa América do ano seguinte. Perder era um resultado esperado.

É normal ouvir que essa Espanha lembra muito o Brasil de 1982. Concorda?

Acho diferente. O que eu noto é que a seleção de 1982 era mais objetiva, chegava mais rapidamente ao gol. A Espanha faz um jogo de aproximação. Eles trocam passes até encontrar espaço para dar a tacada final. A semelhança é o futebol talentoso. Quando eles ganharam a Copa-2010, foi um resgate do bom futebol. Jogar bem e ganhar não é excludente. Estamos comparando a campeã mundial com um time que nem chegou à semifinal. Isso mostra que estamos na história.

Mas quem se parece mais com o time de 1982, o Brasil atual ou esta Espanha?

O Brasil atual é diferente. De 1982 para cá, o Brasil mudou muito. É uma seleção que está sendo formada. Não dá para comparar com um time [o de 1982] que foi construído ao longo de dois anos. Não seria justo.

Quem é o favorito para a final?

O Brasil está confiante. Os jogadores estão em um bom momento. É um time que vai atacar a Espanha, o que a Espanha não gosta. Deve ser um jogo com gols. O Brasil pode ganhar da Espanha em um jogo único. Mas a Espanha é complicada, joga há muito tempo junto.

O Brasil do Felipão te agrada?

O Brasil foi melhorando. Concordo com Felipão que o Brasil tem dificuldades, que corre riscos desnecessários quando está na frente. Ele disse que temos que saber jogar na frente sem sofrer pressão do adversário. É só uma questão de corrigir.


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