Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Prefeitura do Rio obtém liminar para construir Parque Olímpico

OLIMPÍADA
'Não vou atrasar obra por causa de 200 pessoas que voam', diz prefeito sobre protesto

DO RIO

Amparados por uma liminar (decisão judicial provisória) obtida pela Prefeitura do Rio, operários do consórcio responsável pela construção do Parque Olímpico começaram a remover, ontem de madrugada, as instalações do CEU Clube Esportivo de Voo, na zona oeste do cidade.

Sócios do clube tentaram impedir a desocupação, colocando aeronaves para impedir o avanço das máquinas. A guarda municipal foi chamada e usou spray de pimenta para conter manifestantes.

Em entrevista para a rádio CBN, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), criticou os sócios do CEU. "Não vou atrasar obras da Olimpíada por causa de 200 pessoas que voam de avião. Estamos falando do interesse de 200 pessoas contra o interesse de toda a cidade, que é fazer o Parque Olímpico", disse.

O clube ocupa o terreno municipal há cerca de 30 anos, em regime de concessão. Há quase dois anos, a prefeitura tenta reaver a área, que fará parte do Parque Olímpico. As tentativas de impedir a desocupação se estenderam pelo dia de ontem.

Anteontem, a juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto, da 3ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar permitindo o início das obras.

Pela decisão judicial, no entanto, os funcionários do consórcio poderiam trabalhar no terreno, mas não danificar as pistas e os hangares.

Segundo sócios do CEU, as máquinas que chegaram ontem ao local já destruíram a cabeceira de uma das três pistas. "A prefeitura e o consórcio agiram com muita truculência. Isso aqui foi um caos o dia inteiro", disse o diretor financeiro, Jairo Gomes.

Principal equipamento esportivo a ser construído para os Jogos, o Parque Olímpico vai abrigar 15 modalidades olímpicas e 11 paraolímpicas entre agosto e setembro de 2016. A área receberá também centro de imprensa para cerca de 20 mil jornalistas.

Após a Olimpíada, parte das instalações do evento será transformada em prédios residenciais e comerciais.

REMANEJAMENTO

Paes disse que conseguiu com as Forças Armadas um espaço para abrigar o clube em Guaratiba, também na zona oeste. Pelo acordo, o CEU cederia o espaço em troca de novo terreno para comportar 150 aviões e uma indenização de R$ 12 milhões, cujo pagamento ainda não foi feito.

Paes informou que, enquanto a área em Guaratiba não estivesse totalmente pronta, os sócios do CEU também poderiam utilizar o Aeródromo de Nova Iguaçu, cedido pela prefeitura local.

Mas de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a pista do aeroclube da Baixada Fluminense está fechada em virtude dos riscos para operações aéreas.

Ontem, advogados do CEU entraram com um pedido na 3ª Vara de Fazenda Pública para derrubar a liminar que permitiu à prefeitura entrar no terreno com máquinas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página