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Murray vence em Wimbledon e quebra jejum britânico de 77 anos

TÊNIS Número dois do mundo supera o líder Djokovic e diz ter atingido 'o ponto mais alto'

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O escocês Andy Murray encerrou ontem uma espera de 77 anos para que um tenista britânico voltasse a vencer o torneio masculino em Wimbledon. Ele bateu o sérvio Novak Djokovic por 3 sets a 0, em parciais de 6/4, 7/5 e 6/4.

Empurrado por 15 mil torcedores, o número dois do mundo compensou a derrota em 2012 para Roger Federer.

Aos 26 anos, ele conquistou seu segundo Grand Slam dez meses depois de assegurar o primeiro título, no Aberto dos EUA, contra Djokovic.

Com os termômetros marcando 29ºC, Murray soube aproveitar a pressão do público e o cansaço do número um do mundo. Na sexta-feira, o sérvio havia levado quase cinco horas para bater o argentino Juan Martin Del Potro na semifinal mais longa da história do torneio.

Djokovic deixou claro que a tarefa de Murray não seria fácil logo no primeiro game, quando conseguiu confirmar seu serviço após reverter um triplo break point.

O britânico fez 6/4 no primeiro, mas o fantasma de 2012, quando também saiu na frente de Federer, mantinha o clima de apreensão na famosa quadra central.

Murray mostrou que a história poderia ser diferente no segundo set. Após começar mal e ver o rival abrir 4 a 1, ele reagiu e virou para 7/5.

Enquanto a arquibancada vibrava com a recuperação, Djokovic se descontrolava com a arbitragem. Uma das reclamações, quando correu em direção ao juiz de cadeira, rendeu-lhe sonora vaia.

No último set, a torcida parecia mais nervosa que o escocês para exorcizar o fantasma de Fred Perry, até então o último britânico a vencer em Wimbledon, em 1936.

No game decisivo, parte da arquibancada festejou a vitória antes da hora duas vezes. Sacando bem, Murray abriu 40-0, mas deixou que Djokovic igualasse e conseguisse três break points a seu favor.

Mais uma vez, o tenista da casa recuperou a vantagem. No ponto final, a devolução de Djokovic parou na rede, para euforia dos britânicos. Atônito, Murray se ajoelhou e beijou a grama londrina.

"Vencer Wimbledon é o ponto mais alto do tênis. Ainda não consigo acreditar que consegui", disse Murray, alvo de tietagem explícita de jornalistas locais, que fizeram fila para apertar sua mão.

Abatido, Djokovic disse que a semifinal o desgastou, mas que o cansaço não era desculpa. Ele cometeu 40 erros não forçados, contra 21 do rival. "Eu estava me sentindo bem hoje. Andy foi melhor e mereceu a vitória", disse.


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