Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Não passa nada

Antes esnobado, Victor vira herói do Atlético-MG na Libertadores e reitera fama de pegador de pênalti

LUIZ COSENZO DE SÃO PAULO

Herói da classificação do Atlético-MG para a final da Taça Libertadores da América, o goleiro Victor, 30, já pegava pênaltis nas categorias de base e ficou próximo de atuar pelo São Paulo.

A história é contada pelo preparador de goleiros do Paulista de Jundiaí, Carlos Lima, que é padrinho de casamento do camisa 1 do finalista brasileiro da Libertadores.

"O Victor foi aprovado em uma peneira do São Paulo realizada na região de Presidente Prudente e ficou aguardando ser chamado para treinar", afirmou Lima.

"Pouco depois, fizemos uma avaliação na região e ele foi aprovado também. Conversamos com ele e a família dele e, antes de fazer 15 anos, Victor já estava no Paulista."

No time do interior paulista, o goleiro voltou a ser assediado pelo clube do Morumbi durante a disputa da Copa São Paulo de futebol júnior.

Ele foi emprestado ao Ituano, voltou para ser terceiro goleiro e integrou o elenco do Paulista na conquista da Copa do Brasil em 2005.

No ano seguinte, foi reserva na Libertadores e participou como titular da campanha do rebaixamento do time para a Série C do Brasileiro na temporada-2007.

"O Victor mostrava muito talento, foi determinado e superou muitas dificuldades como morar longe da família desde jovem. É uma pessoa disciplinada, nunca teve preguiça para treinar".

Em 2008, o goleiro se transferiu para o Grêmio. A contratação foi aprovada pelo treinador Vágner Mancini, que tinha trabalhado com o jogador no interior paulista.

"O Grêmio me apresentou uma relação com três goleiros para ser contratado e um deles era o Victor. Como já o conhecia e confiava em seu potencial e no caráter, não tive dúvidas em aprovar a contratação", contou Mancini, que recentemente se tornou técnico do Atlético-PR.

No time gaúcho, Victor chegou à seleção brasileira e virou ídolo da torcida.

Chegou a disputar vaga para a Copa da África do Sul, mas acabou preterido por Dunga. Vida que segue.

O arqueiro deixou o tricolor em 2012, quando se transferiu para o Atlético-MG.

"O Victor tinha interesse de continuar no Grêmio. Mas não se sentiu valorizado e aceitou a proposta do Atlético", relatou o padrinho Lima.

A contratação foi anunciada pelo presidente do clube mineiro, Alexandre Kalil.

"Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro não é mais. Victor é do Galo!", postou então Kalil no Twitter.

Negociado por 3,5 milhões de euros (R$ 8,9 milhões na época), Victor pagou o investimento com juros e correção. Tornou-se o herói atleticano na Libertadores.

Pegou pênalti contra o Tijuana nos acréscimos do segundo tempo, e, anteontem, conseguiu defender a quinta e decisiva cobrança da série diante do Newell's Old Boys.

"Ele sempre foi um bom pegador de pênalti. Antes da minha aposentadoria como jogador, batia muitos pênaltis no Victor durante os treinos e ele exigia que a gente fosse preciso", revelou Mancini.

"Não tivemos muitas decisões por pênaltis, mas nos treinamentos víamos o potencial dele para defender", disse o padrinho do goleiro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página