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Olhares e preleção marcam era Autuori

FUTEBOL Técnico estreia no São Paulo 8 anos após título da Libertadores, e jogadores lembram sucesso de 2005

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

"Logo no dia de sua apresentação, ele avisou para a gente que não queria ser chamado de professor. Disse que era só Paulo ou então Paulo Autuori. Só isso já mostra como ele é educado, diferente."

O lateral direito Cicinho, hoje no turco Sivasspor, lembra perfeitamente do dia 14 de julho de 2005. Com uma goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-PR, o São Paulo se sagrou campeão da Libertadores. O primeiro dos dois títulos -o segundo foi o Mundial no mesmo ano- que colocariam Autuori na história do clube.

Oito anos após a conquista, o técnico reestreia hoje na equipe na qual viveu seus dias mais vitoriosos e tenta tirá-la do caos.

A partida contra o Vitória, fora de casa, pela sétima rodada do Brasileiro, é a chance de acabar com a sequência são-paulina de quatro derrotas consecutivas e começar a estender também ao presente o sucesso do passado.

"Estrear neste dia não representa nada. A conquista foi boa, mas passou. O que quero é poder comemorar no futuro mais datas como essa", disse o treinador.

Mas, se Autuori prefere deixar de lado os acontecimentos de oito anos atrás, os jogadores fazem questão de manter a lembrança em dia.

"Nunca trabalhei num ambiente como aquele. Fiquei seis meses no São Paulo e parece que foram três anos", afirma o ex-atacante e atualmente empresário Luizão.

O ex-centroavante, na época já com 29 anos, lembra até hoje como o técnico o convenceu a correr e marcar como um "garoto de 24 anos".

"Ele nunca precisou gritar com a gente. Ele só tinha que olhar que a gente já sabia que estava bravo", completa.

Luizão só lamenta ter deixado o São Paulo depois da Libertadores e não ter participado da conquista do Mundial de Clubes, em dezembro.

A preleção que preparou os jogadores para a vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool na final do torneio da Fifa, no Japão, é citada até hoje pelo goleiro e capitão Rogério como a melhor que ele ouviu durante toda a sua carreira.

Por pouco mais de 20 minutos, Autuori inflamou um grupo de jogadores que acreditava no título do clube inglês e o convenceu de que sair do Japão com o terceiro título mundial do São Paulo era, sim, uma tarefa possível.

"A preparação para o jogo começou quando ganhamos a Libertadores. Ele deu dez dias de folga para os titulares e falou para ninguém treinar na folga, só curtir a família e se divertir porque quando voltássemos iríamos trabalhar para sermos campeões mundiais", relata Cicinho.

A estratégia deu certo, e Autuori se eternizou na história do São Paulo. Hoje, ele começa a mostrar se essa trama só terá bons momentos.


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