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Crise no Morumbi expõe falta de poder de reação da equipe

FUTEBOL São Paulo soma 13 derrotas nos 15 jogos em que saiu em desvantagem no placar

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

O técnico Paulo Autuori falou abertamente: para sair de uma das maiores crises de sua história, o São Paulo não pode tomar o primeiro gol.

E o treinador está certo. O time tricolor não sabe jogar quando está atrás no placar.

O problema é antigo, vem desde antes da série de sete derrotas consecutivas e dez jogos sem vencer, mas se agravou nos últimos tempos.

O São Paulo sofreu o primeiro gol e saiu atrás no marcador em 15 das 44 partidas da temporada. Conseguiu duas viradas, contra Strongest e União Barbarense, e saiu derrotado nas outras 13.

Ou seja, somou só seis (13,3%) dos 45 pontos possíveis nos jogos em que teve de correr atrás da recuperação.

É, de longe, o pior aproveitamento entre os quatro grandes paulistas quando estão atrás no marcador.

O Corinthians recuperou 33,3% dos pontos quando saiu em desvantagem. O Santos, 30,3%. E o Palmeiras, o de piores resultados no ano, tem aproveitamento de 18%.

"Quando ficamos nessa situação, temos que aprender a passar por cima das dificuldades para inverter o placar", afirmou Jadson.

Mas o próprio meio-campista admitiu que o momento ruim que o time vive não é nada propício para viradas.

"Pela situação em que estamos, a gente tem mesmo que sair na frente no placar. É que a gente vai tentando, criando chances e a bola não entra. E aí, quando toma um gol, o psicológico vai lá embaixo", completou o meia.

Foi de forma semelhante que Autuori explicou a derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, no sábado, no Morumbi.

"Mentalmente, a gente está muito abalado. Perdemos a cabeça porque não temos sustentação", declarou o treinador, após a partida em que o São Paulo jogava melhor que o rival até sofrer o primeiro gol e depois desabou.

Em busca de uma mudança de mentalidade, Autuori cogita mexer na escalação para o jogo de amanhã contra o Inter, também em casa.

Em baixa com a torcida e mal tecnicamente, o atacante Luis Fabiano é um favorito para ser substituído.

Além da questão psicológica, o técnico do São Paulo está preocupado com o estado físico dos seus jogadores.

A crise que tomou conta do clube foi construída no segundo tempo dos jogos, quando os atletas estão mais desgastados fisicamente.

Em cinco das sete derrotas consecutivas, inclusive contra o Cruzeiro, o São Paulo não estava perdendo quando foi para o intervalo. Onze dos 15 gols sofridos pelo goleiro Rogério nesse período aconteceram no segundo tempo.


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